quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Folheie o Livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 5

Trecho do Capítulo 4 - Santificação na Lei

A idéia de santificação na época da lei era no sentido de o homem não ser partícipe do castigo de Deus dado por ocasião de sua expulsão do Éden – a saber, a fadiga (não o trabalho) pela obtenção do sustento. Em outras palavras, o supremo Deus, que tencionou criar um homem não sujeito a cansaço (e morte, por extensão), amaldiçoou-o, retirando dele esse privilégio – embora para restauração futura, via redenção. Deixo ao leitor a opção de imaginar quantos problemas deixaríamos de ter no mundo, caso o trabalho não causasse fadiga...

Dessa forma, Deus não queria que, no Seu sábado santo, o homem experimentasse essa fadiga maldita – eis o significado de santificação para aquela época, onde as pessoas não viviam sob a expectativa de vida futura, através de Jesus. Por extensão, a fadiga pode ser mental - condição que acaba se concretizando em sentimento de cansaço. Nada de esforço físico, portanto, nem nada de exposição a situações que podiam contribuir para aborrecimento e, por conseqüência, fadiga mental.

Particularmente, se você se expõe a situações que podem contribuir para aborrecimento, ou arrependimento posterior, mesmo que isso decorra apenas do fato de que você teria desagradado a Deus, estará transgredindo o sábado, sob a ótica da lei. Foi por isso que o Senhor incluiu no quarto mandamento os animais de propriedade do guardador do sábado: se você é dono de um animal, geralmente existirá uma relação de estima entre você e ele. Quer ele seja apenas de estimação quer seja um meio de suporte. Então, um acidente com esse animal no sábado causaria transtorno ao dono, quebrando assim a santidade exigida por Deus.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Folheie o livro 'Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 4

Trecho do Capítulo 3 - Malversação e Parcialismo
.....................................

Uma das contendas a que Ellen White e seus correligionários contemporâneos deram uma importância capital e fatal foi quanto ao número de ordem que o dia de descanso ocupa na contagem seqüencial dos dias, a partir da Criação. Uma verdadeira tempestade em copo d’água.

É inconcebível que um fato histórico de vital importância para a história da humanidade - como assim é considerada pelos adventistas a ‘mudança’ para o domingo – não tenha tido advertências explícitas de Jesus em seu ministério terrestre, apesar de que estava mais próximo de acontecer do que a Sua própria volta, como se viu na história. Atribuir o caso a declarações genéricas tais como ‘alteração da lei’ é um despropósito injustificável biblicamente. Depõe contra a vontade de Deus que vela para Sua lei ser mantida e, para isto, alerta o seu povo, como o fez no Maná e no Éden.

Quando o Todo-Poderoso instituiu uma prova para ver se Sua lei estava sendo cumprida, no episódio do maná, Ele não deixou o povo à deriva, para ver se afundava, como se fosse uma 'pegadinha' de programa de televisão. Muito ao contrário, Ele insistiu, na iminência do acontecimento, que ninguém fosse apanhar o maná no sétimo dia, no qual até não disponibilizou o produto. É esse o Deus misericordioso que deve ser oferecido ao mundo, apesar de a época em questão ter sido de olho por olho. Na teoria sabatista, até parece que Jesus é que é defensor do dente por dente, visto que passou muito tempo até que Ellen White aparecesse para avisar supostos incautos.

Muitos contendedores atuais querem ser mais vingativos que esse Deus da lei. Felizmente, o livro da escritora Ellen não é um dos livros da Bíblia – se fosse todos nós estaríamos condenados. Na sua essência, ele é apenas mais um que acrescenta tis e jotas aos ditos bíblicos.

................................

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Folheie o Livro 'Do Primeiro ao Último Sábado - Parte III

Trecho do Cap. 2 – Legalismo e Literalismo

............................

Igrejas que se autoproclamam cristãs não deveriam se destacar por nada, além da condição de seguir a doutrina de Cristo. Títulos como “Igreja Luterana”, “Templo Adventista”, “Igreja Pentecostal”, “Igreja de São Pedro' e outros são impróprios para designação de comunidades cristãs. Essa mania é resquício da propensão idolátrica e exclusivista que existe dentro das pessoas, desde que o pecado entrou no mundo. Uma bandeira que não é Jesus é eleita, para que os que não a respeitam sejam massacrados e excluídos. Idolatria, conforme verá o leitor neste livro, é o pecado mais abominável contra Deus. Por esta razão, qualquer mínima semelhança com esse pecado deve ser incondicionalmente evitada – quem quer que seja o ídolo (objeto ou pessoa, viva ou morta), mesmo que pretensamente representante de Jesus.

Cada uma das correntes exercita o proselitismo sobre essas suas preferências, causando escândalo e prejuízos à universalização da mensagem do evangelho de Jesus. Produzem-se, assim, o exclusivismo, as dissensões, divisões, contendas e outros males de igual gravidade. Tudo isso no meio de um povo que diz seguir Aquele que pregou, com veemência, exatamente o contrário. Cada comunidade se acha isenta de culpa, atribuindo a origem dos seus problemas a satanás, como fizeram Eva e Adão.

Desde sua criação, tendo sofrido críticas, principalmente de setores cristãos, por sua postura relativa ao assunto, os adventistas têm construído seu acervo de justificativas e colocado ao alcance de todos o seu material doutrinário. Fiquei muito bem impressionado pela organização e qualidade desse material, quando comparado com o de muitas outras organizações do gênero.

Quando um segmento religioso é atacado exatamente na coluna vertebral que lhe sustenta, dificilmente se entrega à evidência de fatos. Se o leitor verificar bem, praticamente nenhuma divisão religiosa se desmancha para se unir a outra. Há muitos interesses envolvidos, de natureza diversa, e o que se faz, no máximo, é um pedido de desculpa, ou se constrói uma justificativa para o engano. Em resumo, sob uma perspectiva global, o ‘cristianismo’

......................

Folheie o Livro 'Do Primeiro ao Último Sábado - Parte 2

Trecho do Capítulo 1: O Primeiro Sábado

.................................
.
Quem Santificou o Sétimo Dia da Criação?

Foi o próprio Deus, conforme diz a Bíblia em Gênesis 2: 2,3. Não foi Adão, como dizem algumas pessoas. Adão não sabia como fazer, visto que não conhecia a diferença entre o bem e o mal, quem sabia disso era Deus – portanto só Ele tinha como santificar. Essa é outra característica exclusiva desse dia, pois, quanto aos demais sábados da história, a partir da Lei do Sinai, o Senhor mandou que o próprio homem os santificasse. Se Deus estivesse santificando esses sábados depois que expulsou o homem do Éden, incluindo os atuais, então seria impossível que nós todos não estivéssemos abrangidos por essa santificação; como tal, seria impossível alguém pecar no sábado. Seria impossíevel haver terremotos nos sábados. Assim, não caberia a Deus solicitar a nossa ajuda para fazê-lo. Ou será que o Supremo não seria um Guarda Perfeito?

Como visto, a santificação emanada na lei no monte Sinai não podia jamais ter sido ordenada a Adão no Éden, pois ele não tinha como separar o que era puro do que era impuro, nem adotar providências para que algo de mau pudesse acontecer – não tinha idéia do mal.
............................

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Folheie o livro ‘Do Primeiro ao Último Sábado’ – PARTE 1

Trecho do Capítulo 0- Introdução:
.....

Muitas pessoas chegam a descartar as conclusões de pensadores quando apenas supõem que eles não têm curso teológico. Outras, de currículos inquestionavelmente respeitáveis, ensinam que estudantes não especializados podem colher frutos no estudo da Palavra de Deus para distribuir com os outros. “Você pode ser um apologista” - já disseram a seus leitores importantes pesquisadores. No entanto, cada vez mais são as altas autoridades que fazem valer suas idéias. Para onde vai o valor da verdade? Não é ele que importa? Peço isso - que considere as minhas afirmações pelo seu valor de verdade bíblico - pois não tenho nenhum histórico digno de ser respeitado, principalmente em matéria de conhecimento religioso.

Meu propósito aqui não é combater os adventistas, nem evitar que candidatos a mudança de pensamento evitem ligar-se àquela igreja ou dela desligar-se. Quero contribuir para que haja menos divisão entre os cristãos, mais tolerância, não significando necessariamente que as várias ramificações do cristianismo, especialmente o hoje chamado evangélico, se devam unir numa única, do ponto de vista organizacional.

Se essa tentativa de contribuição tem como endereço o que considero enganoso na doutrina do sabatismo, não é por que outros segmentos religiosos não tenham grande parte das características indesculpáveis similares às que são aqui denunciadas. A minha iniciativa é apenas uma questão circunstancial que tem origem em fatos acidentais.

A propósito, esta coleção de comentários contém em si a novidade de ter sido inspirada numa conversa recente com um amigo adventista, engenheiro e meu ex-aluno de Universidade, num momento em que, por nunca ter me dedicado ao estudo da questão, eu tinha uma visão que se baseava na presunção de que a única diferença entre os adventistas e os demais cristãos era devida ao fato de que eles guardavam o sábado e os outros o domingo.
.............