sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Sábado Bíblico

O que significa a palavra ‘sábado’ na Bíblia? Resposta: ‘cessação de trabalho’ ou ‘descanso’ ‘ou ‘folga do trabalho’. Esses termos têm o mesmo sentido - todos eles são apenas formas de dizer a mesma coisa, dentro do escopo bíblico.

Uma vez que todos os sábados da Bíblia são medidos em dias, isto é, não há sábados na bíblia associados a ‘meio-turno de trabalho’, podemos tornar mais abrangente o significado de ‘sábados’ na bíblia: ‘sábado’ é o mesmo que ‘dia de descanso’. Seu plural, sábados, é o mesmo que ‘dias de descanso’.

Podemos tomar todas as referências bíblicas para substituir a palavra ‘sábados’ por esse seu sinônimo, e assim sabermos o que Deus nos disse. Tomemos, por exemplo, o decálogo, que é a referência maior sobre essa questão:

Êxodo 20:8: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”. Feita a substituição pelo sinônimo bíblico, essa mensagem pode ser assim escrita: “LEMBRA-TE DO DIA DE DESCANSO, PARA O SANTIFICAR”.

Nesse caso, Deus, com o Seu próprio dedo, explicou como era esse esquema de folgas:

Disse Deus: “Trabalharás seis dias e descansarás no sétimo”: “Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o descanso do Senhor teu Deus (Êxodo 20:9, 10). (Nota: aqui substituímos ‘sábado’ por seu significado bíblico = descanso).

E, no vers. 11, termina Deus com o Seu ato de legislar sobre a questão: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto, abençoou o Senhor o dia do DESCANSO, e o santificou”

Qual foi esse sábado ou dia de descanso que Deus lembrou que tinha santificado? A resposta está em Gênesis 2:2,3:

“E havendo Deus acabado, no dia sétimo, a sua obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera”.

Portanto, o dia de descanso (ou sábado) que Deus santificou foi o sétimo dia da criação. Deus não disse que santifica qualquer sábado atual e nós podemos saber disso claramente, pois nos sábados atuais acontecem todos os tipos de acidentes, inclusive aqueles que não estão sob o domínio do homem, tais como tsunamis, terremoto, furacões e outros.

Não é possível que Deus santifique ou guarde os sábados semanais atuais, ao mesmo tempo em que demanda esse tipo de catástrofe que é por todos temido e do qual todos se tentam livrar, sendo que muitos – sabatistas ou não - não conseguem.

Também não faz sentido que Deus peça ao homem que santifique seus dias de descanso se Ele mesmo estivesse a santificar. Deus não é um santificador de araque, que, por não santificar corretamente o sábado, pede ajuda ao homem para fazê-lo.

Como foi mostrado, nem o Decálogo nem as partes da Bíblia que o antecederam ou a ele sucederam se referem a uma semana. A palavra ‘semana’ – entendida como o conjunto de dias que vai do domingo ao sábado de qualquer calendário - não está no decálogo.

Na redação da Lei de Deus está estabelecida uma regra para o descanso em um após cada seis dias de trabalho.

Perguntas

1) Ora, o dia fixado não foi justamente o sétimo?

RESPOSTA: Claro, é sétimo porque se segue ao sexto e não por causa de um determinado calendário. Não diz o decálogo que é o sétimo de uma semana que estaria em curso. O Senhor falou em ‘mês’, antes do decálogo, mas não falou em semana. Na páscoa (Êxodo 12: 1-28) Deus, em primeiro lugar, estabeleceu que mês seria o primeiro (v.2) para que, logo em seguida (v.3) Ele pudesse usar a expressão ‘Aos dez deste mês'. No vers. 16, está escrito: “E ao primeiro dia, haverá santa convocação: também ao sétimo dia, tereis santa convocação: nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso, somente, aprontareis para vós”. Vemos aqui que há uma referência ao ‘sétimo dia’ que nada tem a ver com sétimo dia de calendário.

2) Sendo o Domingo o primeiro dia da semana, não seria impróprio para descanso, já que esta deveria ser no sétimo dia da semana?

RESPOSTA: De forma nenhuma! A pergunta está armada sobre hipóteses biblicamente falsas. A Bíblia não diz que o descanso tem que ser no domingo ou no sábado (sábado aqui é do calendário, conforme insinua ingenuamente a pergunta. Não é o sábado bíblico). Diz apenas que o descanso será após cada seis dias trabalhados.

3) Então cada um pode descansar no dia que quer? Isso não geraria confusão?

RESPOSTA: Risos! Ora, qualquer sociedade preferirá um dia comum, pois ninguém gosta de confusão. Eu ri por causa da ingenuidade da pergunta. Deus fixou o intervalo, mas NÃO DISSE QUE CADA UM ESCOLHESSE SEU DIA PARTICULAR. É engraçado deduzir que cada um escolheria dia diferente, só para estabelecer confusão. Tanto isso é verdade que a escolha de um dia comum é uma opção obedecida por todas as sociedades organizadas, independentemente da crença em Deus. Isso torna essa ordem de Deus – quanto ao intervalo – uma lei que pegou universalmente. Não há nações cuja semana tem seis dias ou oito dias. Glória às Ordens de Deus!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Domingo é Sábado

Por que o domingo é também um sábado?

A primeira razão está na Lei que instituiu e, como tal, é, por si só, suficiente: nos 10 mandamentos está escrito: "TRABALHARÁS SEIS DIAS". A Bíblia não especificou que se trabalhasse de domingo a sexta, nem de segunda a sábado e sim SEIS dias.

Portanto, de acordo com a Bíblia, quem trabalha seis dias e descansa um está cumprindo a lei de Deus, no tocante a esta questão. O decálogo não fala em sétimo dia 'da semana', não fala em semana...

A palavra ‘sábado’ significa, biblicamente, ‘cessação do trabalho’ ou, de forma simplificada, ‘descanso’. Quando Deus, na Sua Lei, afirmou “lembra-te do dia de sábado para o santificar”, isso significa ‘lembra-te do dia de descanso, para o santificar. É erro intolerável traduzir isso como ‘lembra-te do sétimo dia da semana’. O decálogo NÃO falou em ‘semana’. Não falou que o trabalho tinha que ser executado do primeiro ao sexto dias da semana e, sim, que tinha que haver descanso após cada seis dias de trabalho.

O descanso sabático começou a ser praticado de forma regular quando Deus distribuiu o maná. Isso está escrito em Êxodo 16:30: ”Assim repousou o povo no sétimo dia” – conclui o narrador bíblico após a lição de Deus sobre o sábado.

Na história do maná, mais uma vez Deus não especificou a semana, não disse que a coleta foi iniciada no primeiro dia de uma semana supostamente existente, para que, passados os dias primeiro ao sexto da semana, o povo interrompesse para descansar. Simplesmente, nessa história, fica evidente que o povo começou a colher e, seis dias depois, parou para descansar.

A hipótese de que o povo já vinha guardando regularmente o sábado é inteiramente afastada por vários motivos bíblicos, tais como esses dois: Deut. 5: 2,3: “O Senhor, nosso Deus, fez conosco concerto em Horeb. Não com os nossos pais fez o Senhor este concerto, senão conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos”. Malaquias 4: 4 declara: “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horeb, para todo o Israel, e que são os estatutos e juízos.” O Senhor diz, então, onde entregou a Lei ao Seu povo.

Mesmo que tais trechos não existissem na Bíblia, a verdade permanece e pode ser vista no próprio episódio do maná, em Êxodo 16: 4,5: ”Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá, cada dia, a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não. E acontecerá, ao sexto dia, que prepararão o que colherem: e será o dobro do que colhem cada dia”. Preste atenção na expressão ’cada dia’: se existisse uma semana em andamento e Deus fizesse questão do sétimo dia desse calandário, o Senhor teria dito: ‘o povo sairá, e colherá, desde o primeiro ao sexto dia da semana...’.

Ora, por que Deus queria testar se o povo obedecia ou não a Sua lei se o sábado já estivesse em pleno decurso? E, ainda, se a semana já existisse, por que Deus nem falou nela? Em lugar disso, falou Deus que o povo sairia e, ao sexto dia da coleta, se prepararia para o dia seguinte! E, mais uma pergunta: por que o versículo 30 declara que só então o povo descansou no sétimo dia?

O Aspecto Biológico do Sábado

Um dos argumentos içados pelos adventistas do sétimo dia para a defesa do caráter salutar do descanso semanal é a conveniência biológica ao organismo humano. Mesmo sem o conhecimento médico especializado, é fácil perceber que isso faz sentido, desde que o descanso – ao longo da vida - ocorra a cada sete dias e não a cada seis dias ou a cada oito dias.

É possível entender que o excesso do ritmo de trabalho ao longo de uma vida inteira causará problemas, como a fadiga precoce. Por outro lado, um intervalo menor causará um preparo físico inferiorizado em relação ao padrão normal, sem contar o prejuízo da produtividade e da produção. Note que descansar semanalmente tornou-se uma prática universal, independentemente do fato de que o indivíduo seja adventista ou não.

Assim são as ordens de Deus: os seus descumprimentos sistemáticos são claramente prejudiciais, ora do ponto de vista moral, ora do ponto de vista biológico, quando não de ambos. Uma análise meticulosa de todos os mandamentos permite essa conclusão, invocando-se apenas raciocínios científicos.

Todavia, como seria possível justificar que um descanso semanal seria prejudicial ao ser humano se praticado regularmente a cada sete dias, mas num outro dia do calendário, como o domingo ou a sexta-feira? JAMAIS será possível tal justificativa... Fica o desafio para os estudiosos interessados.

O Aspecto Memorial

A tentativa de ligar a guarda de um dia semanal fixo a uma questão de memorial (e, ainda assim, perpétuo), em relação ao ato da Criação também pode ser facilmente demolida com o uso da Bíblia.

Em primeiro lugar, podemos ver em Êxodo, capítulo12, que trata da Páscoa. O versículo14: “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor: nas vossas gerações o celebrareis, por estatuto perpétuo”. O versículo.17: “pelo que, guardareis este dia nas vossas gerações, por estatuto perpétuo”. O versículo 24: “Portanto, guardai isto por estatuto, para vós e para os vossos filhos, para sempre”.

Observe que Deus repetiu enfaticamente a questão do ‘memorial perpétuo’. Pergunto ao leitor: você pode encontrar alguma citação dentro da Bíblia de que o sábado seria memorial da Criação? Absolutamente, NÃO PODE!

Quando o decálogo foi promulgado, Deus justificou que tinha feito tudo em seis dias para transmitir ao homem a idéia de que este não devia passar mais de seis dias trabalhando, como se o homem fosse – embora simbolicamente – superior a Deus.

O leitor poderia, neste ponto, argüir que isso não teria o menor cabimento; afinal, quem poderia ser maior que Deus por fazer durante oito dias tarefas tão irrisórias em relação à Criação de tudo o que existe? Todavia, se fosse válido esse argumento, deveríamos supor que também não teria cabimento Deus proibir imagens, visto que nenhuma imagem será capaz de tanto poder quanto Deus...

Outra questão ilógica que Deus – na Sua infinita sabedoria – evitou introduzir no pretenso aspecto memorial do sábado: o homem não assistiu a nenhum ato de Criação, nem mesmo ao de Eva (pois Adão caiu em ‘pesado sono’). Ora, que sentido faria Deus exigir do homem um memorial de atos dos quais o homem não participou? No caso da Páscoa, o memorial tão enfatizado por Deus faz todo o sentido, pois não só Moisés, mas todo o povo foi diretamente participante e testemunha ocular dos eventos do livramento.

Esse episódio (Páscoa) foi tão importante que, na repetição dos dez mandamentos em Deut. 5:15, Moisés assim se expressa, ao falar do quarto mandamento: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali, com mão forte e braço estendido; pelo que, o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado.

Ora, vemos aqui que o aspecto memorial aplicado para a guarda do sábado não é a Criação e sim o livramento do Egito. Em conseqüência disso, não podemos atribuir caráter de memorial da Criação ao sábado correspondente de Êxodo 20. Se isso fosse verdade, Moisés teria insistido na questão da Criação, quando repetiu os mandamentos. Essa repetição de Moisés também mostra que o sábado, como Lei, é posterior ao cativeiro, visto que Moisés o vincula ao livramento do Egito.

O trecho de Êxodo usa o argumento de Deus para conferir importância à observância de um mandamento que corria risco de ser esquecido porque seu cumprimento só deveria se dar apenas a cada sete dias, numa época em que as pessoas tinham que contar os dias, para descansarem e santificarem. Todos os outros mandamentos deveriam ser cumpridos todos os dias e não apenas em um a cada sete – o que levaria a esquecimento ou equívocos quanto à contagem.

Esse tipo de equívoco não é particularidade do sábado (descanso e santificação), em si, e sim unicamente do fato aritmético envolvido na contagem. Isso tanto é verdade que, ainda hoje, mesmo com a enorme quantidade de referências (calendários, relógios, televisão, escolas, rotinas) muitas vezes nos fazemos a pergunta: ‘que dia é hoje?’. Ou, então, nos esquecemos de pagar uma prestação que se vence a cada mês... No entanto, dificilmente nos esquecemos de ir ao trabalho todos os dias... Paralelamente, nunca esquecemos de que matar é pecado, ou que Deus é o Criador, a não ser que descumpramos o primeiro mandamento (o mais importante, porém não sujeito ao ‘lembra-te de Deus’).

Note bem: DEUS NÃO PEDIU QUE LEMBRASSE DO DIA SÉTIMO DA CRIAÇÃO E SIM QUE SE LEMBRASSE DO DIA DE DESCANSO (O sétimo, após cada seis trabalhados). Observe, ainda, que todos esses fundamentos não implicam que o dia de descanso seja o sábado ou o domingo ou a sexta-feira do calendário. Todos os fundamentos permanecem válidos se o descanso ocorre a cada sete dias, independentemente de calendários institucionais.

Deus não só NÃO fez questão de fixar dia semanal calendárico, como também ilustrou isso explicitamente na Sua palavra. Na batalha de Jericó narrada no capítulo 6 do livro de Josué está registrado que o sábado não foi guardado naquela semana. Em Lamentações 2:6 também está registrado que Deus pôs o sábado em esquecimento. Ainda, em Êxodo 12:1 (a Páscoa) se pode ver que o povo, ao sair do cativeiro, estava perdido quando à marcha do tempo: o Senhor Deus teve que convencionar para o povo que mês seria o primeiro do ano, a fim de que o calendário da Páscoa pudesse ser observado com precisão.

A obstinação por um dia semanal calendárico fixo para a santificação, com a conseqüente exclusão dos que usam outro dia fixo do calendário diferente é mais um dos escândalos que a religião supostamente cristã vem oferecendo às outras formas de pensamento: tal desunião só pode ser produto da falta de Cristo e não de sua presença. Não importa que dia seja defendido para exclusão, sábado, domingo ou outro qualquer.

Finalmente, observe que, de acordo com a profecia, Jesus ressuscitaria no terceiro dia (como o descanso do maná seria no ‘sétimo dia’). Ambos os trechos não falam da semana, nem que a regra do maná foi dada no domingo, nem que Jesus morreria no sexto dia. Esses dois episódios bíblicos garantem que a semana calendárica não tem nenhum sentido para Deus. Para não deixar nenhuma dúvida, Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e não numa terça-feira.

Caro leitor, eu falei alguma inverdade bíblica?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado - Parte 9

Trecho do Capítulo 8 – O Sábado do Maná
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Relativamente ao quarto mandamento do decálogo, o que está escrito nas versões da Bíblia que eu estou utilizando, incluindo a versão on-line obtida nos sítios adventistas, o dito divino corresponde à primeira hipótese, ou seja, seis dias trabalharás. Se o mandamento tivesse se referido ao período do primeiro ao sexto dias, a sua tradução para a linguagem atual exigiria que a redação (em português) falasse em de domingo a sexta-feira (from Sunday to Friday, em inglês). Como está nas Sagradas Escrituras, não podemos traduzir a lei dessa forma – só mesmo quem não tem escrúpulo de alterá-la, se acha no direito de fazê-lo!

Vamos imaginar, invertendo o ângulo de visão, para melhor percepção e podermos ser mais imparciais, que no decálogo estivesse a segunda opção, ou seja, trabalharás do primeiro ao sexto dias. Como estariam hoje as duas correntes antagônicas (adventista e não adventista) se comportando sobre a questão?

Creio que é razoável supor que os não sabatistas estariam do mesmo lado em que se encontram, uma vez que não tem feito parte de suas defesas - de acordo com o que eu consigo observar - uma linha de argumentação que toma como fundamento seqüências amarradas de dias, quer em relação a sábados quer em relação a domingos. Eu, pelo menos, na minha defesa do Dia do Senhor, a ser posteriormente exibida ao leitor, nem de longe considero que esse aspecto tenha a mínima relevância. E o leitor verá que essa posição é baseada na Bíblia Sagrada.

Quanto à outra corrente de pensamento, sendo mais proselitistas em torno da amarração do dia, é aceitável supor que os seus defensores estariam se aproveitando do fato de o trabalho ser permitido para os dias primeiro ao sexto, ou seja, de domingo a sexta-feira. E com certa razão, arrematariam: o Senhor não disse seis dias e sim primeiro ao sexto; logo não nos cabe escolher. Não feche seus olhos para isso, caro leitor!

Talvez seja importante observar que, naquela época, a organização em torno de um único dia tinha mais sentido do que atualmente, não apenas para as pessoas, mas, sobretudo, para Deus. Naquela comunidade, mesmo se incluirmos os que moravam em terras distantes, do ponto de vista do mundo habitado de então, todo o povo de Deus parava de trabalhar num mesmo instante, de forma que, olhando do Alto, o Senhor estava a observar a terra parada para santificá-lO. Era uma coisa gloriosa, sem dúvida!

Hoje, por causa das dimensões da terra habitada e seus fusos horários, a coisa nem funciona assim. Para Deus, de certa
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 8

Trecho do Capítulo 7 – Lembra-te
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Ouvir Falar Antes

O autor até que não foi tão radical ao dizer que o ‘lembra-te’ poderia significar que já se tinha ouvido falar antes. Muitos outros querem sugerir que isso implicaria que a prática já seria regularmente adotada. O termo ‘antes’ não significa que era desde o sétimo dia da Criação. Está muito claro, na Bíblia, que antes de a lei ser promulgada, o Senhor preparou o povo para guardar o sábado, sob a forma de treinamento (Êxodo, cap. 16). No vers. 30 desse trecho se lê a seguinte expressão: “Assim descansou o povo no sétimo dia".

A alternativa que quero descrever para a primeira possibilidade (‘ter ouvido antes’) pode ser assim ilustrada: imagine que você compra um bem para ser pago em prestações, sem entrada. Um pedido de um ente querido ou do próprio vendedor, na véspera do primeiro pagamento, no sentido de lembrar o dia fará sentido, mesmo que você não tenha tido a rotina de ter pago prestações até então. Em outras palavras: de acordo com essa ‘possibilidade’, não comentada pelo professor, o pedido de lembrete poderia significar também que o sábado ainda não era uma rotina devidamente sacramentada até então! Sendo uma alternativa lógica, não pode ser desprezada numa análise como empreendeu o dito professor.

Lembrança no Maná

Atribuir um caráter de ‘reintrodução’ ao ato de promulgação no Sinai corresponde a um mau serviço à causa adventista. Primeiramente, por que significaria que estaria suspenso havia algum tempo – e, biblicamente, sabemos que não é esse o caso.

O evento mais apropriado para essa especulação seria o do Maná – que será tratado especificamente no próximo capítulo. Esta hipótese, sim, está a serviço da idéia desse comentador: ela garante que o sábado já vinha sendo seguido antes do evento legislativo no Sinai. Todavia, não se trata de reintrodução, a não ser que alguém prove, pela Bíblia, que tal prática tinha acontecido antes (do Maná). O termo ‘lembra-te’ refere-se ao dia que pode ser esquecido, por ser apenas um em cada sete. Na verdade, na redação do quarto mandamento o Senhor Deus pede que o seu povo se lembre do dia de sábado.
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sábado, 1 de dezembro de 2007

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 7

Trecho do Capítulo 6 – Ajuda para Especulações
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No segundo item, há a especulação de que Deus não criaria uma instituição para a qual exigiria observância, permitindo que ela se extraviasse ao longo dos tempos. Tal posicionamento merece que se considere em que sentido o extravio (como içado pelo comentador) seria tão prejudicial aos objetivos da lei, quais sejam, descanso, adoração, lembrança da criação, etc. Será que se extraviou a necessidade biológica do repouso, com a pretensa alteração do dia? Ora, mesmo os que guardam o domingo têm como certo que Deus concluiu a obra da Criação no sétimo dia. Para eles, não houve extravio nem quanto a isso, apesar do esforço dos sabatistas legalistas em provar o contrário. Aliás, extravio dessa necessidade de repouso seria um super-benefício àqueles desobedecessem a lei de Deus. De certa forma, tal necessidade de repouso extraviar-se-á na eternidade!

Deus abençoou o homem e a mulher formados, e até criou também o meio pelo qual eles permaneceriam puros e imortais (as duas árvores). Mesmo assim, eles se extraviaram, não só nos episódios que deram causa a sua expulsão do Éden, como depois, com o dilúvio sendo a nova expulsão. Reforce-se que, quanto à lei dietética de Adão no Éden, houve extravio típico, queiram ou não os interessados. Deus expulsou e castigou as criaturas, mas não lhes retirou o conhecimento do bem e do mal, dispensando-se a necessidade de colocar querubins para guardar a respectiva árvore.

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado - Parte 6

Trecho do Capítulo 5- Contradições

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Citação 5.1 (Adventista)

“Antes da queda, a lei destinava-se a proteger Adão e Eva, evitando que incorressem em dificuldades. O relato que temos daquele tempo indica que a lei era muito simples. Continha uma proibição: Manter-se afastado e não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se houvessem seguido esse simples preceito, jamais lhes sobreviria algum problema. Essa lei era a salvaguarda da harmonia entre Deus e Suas criaturas".

Contém uma conclusão irrecorrível: no Éden não havia lei para guardar o sábado; portanto, Adão não a conheceu como lei, pelo menos enquanto estava no paraíso. Os trechos a seguir, pregam o contrário. Comparemos com outro trecho, extraído de “O Selo de Deus na Lei – Capítulo 9: O Sábado antes do Sinai”.

Citação No. 5.2 (Adventista)

"A Lei Moral (os Dez Mandamentos) na qual o Sábado é o quarto Mandamento, já existia desde o Éden. Era essa lei transmitida oralmente de pai para filho através do ensino familiar (Êxodo 13:9). Também era conhecida e praticada na casa do patriarca Jacó, no Egito.

E ainda, de “Desde o Princípio dos Tempos” (www.cvvnet.org)

Citação No. 5.3 (Adventista)

"Antes da queda, nossos primeiros pais tinham guardado o sábado, que fora instituído no Éden; e depois de sua expulsão do Paraíso, continuaram sua observância".

Temos aí outros analistas, fazendo insinuações contrárias, a saber: no Éden o sábado (entendido como prática semanal) era seguido por Adão! Eu, particularmente, só me sinto notificado disso através das doutrinas adventistas, não pela Bíblia. Quanto ao fato de os patriarcas terem cumprido, faça-se a ressalva de que pode ter havido exceções, visto que todos pecaram, conforme diz a Bíblia, ou seja, todos transgrediram a Lei. As transgressões podem não ter sido eventuais e sim sistemáticas, conforme sugere Gênesis 6: 11,12, onde está escrito:

“A terra estava corrompida à vista de Deus. Viu Deus a Terra e eis que estava corrompida; porque todo o ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.

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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Folheie o Livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 5

Trecho do Capítulo 4 - Santificação na Lei

A idéia de santificação na época da lei era no sentido de o homem não ser partícipe do castigo de Deus dado por ocasião de sua expulsão do Éden – a saber, a fadiga (não o trabalho) pela obtenção do sustento. Em outras palavras, o supremo Deus, que tencionou criar um homem não sujeito a cansaço (e morte, por extensão), amaldiçoou-o, retirando dele esse privilégio – embora para restauração futura, via redenção. Deixo ao leitor a opção de imaginar quantos problemas deixaríamos de ter no mundo, caso o trabalho não causasse fadiga...

Dessa forma, Deus não queria que, no Seu sábado santo, o homem experimentasse essa fadiga maldita – eis o significado de santificação para aquela época, onde as pessoas não viviam sob a expectativa de vida futura, através de Jesus. Por extensão, a fadiga pode ser mental - condição que acaba se concretizando em sentimento de cansaço. Nada de esforço físico, portanto, nem nada de exposição a situações que podiam contribuir para aborrecimento e, por conseqüência, fadiga mental.

Particularmente, se você se expõe a situações que podem contribuir para aborrecimento, ou arrependimento posterior, mesmo que isso decorra apenas do fato de que você teria desagradado a Deus, estará transgredindo o sábado, sob a ótica da lei. Foi por isso que o Senhor incluiu no quarto mandamento os animais de propriedade do guardador do sábado: se você é dono de um animal, geralmente existirá uma relação de estima entre você e ele. Quer ele seja apenas de estimação quer seja um meio de suporte. Então, um acidente com esse animal no sábado causaria transtorno ao dono, quebrando assim a santidade exigida por Deus.