terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Domingo é Sábado

Por que o domingo é também um sábado?

A primeira razão está na Lei que instituiu e, como tal, é, por si só, suficiente: nos 10 mandamentos está escrito: "TRABALHARÁS SEIS DIAS". A Bíblia não especificou que se trabalhasse de domingo a sexta, nem de segunda a sábado e sim SEIS dias.

Portanto, de acordo com a Bíblia, quem trabalha seis dias e descansa um está cumprindo a lei de Deus, no tocante a esta questão. O decálogo não fala em sétimo dia 'da semana', não fala em semana...

A palavra ‘sábado’ significa, biblicamente, ‘cessação do trabalho’ ou, de forma simplificada, ‘descanso’. Quando Deus, na Sua Lei, afirmou “lembra-te do dia de sábado para o santificar”, isso significa ‘lembra-te do dia de descanso, para o santificar. É erro intolerável traduzir isso como ‘lembra-te do sétimo dia da semana’. O decálogo NÃO falou em ‘semana’. Não falou que o trabalho tinha que ser executado do primeiro ao sexto dias da semana e, sim, que tinha que haver descanso após cada seis dias de trabalho.

O descanso sabático começou a ser praticado de forma regular quando Deus distribuiu o maná. Isso está escrito em Êxodo 16:30: ”Assim repousou o povo no sétimo dia” – conclui o narrador bíblico após a lição de Deus sobre o sábado.

Na história do maná, mais uma vez Deus não especificou a semana, não disse que a coleta foi iniciada no primeiro dia de uma semana supostamente existente, para que, passados os dias primeiro ao sexto da semana, o povo interrompesse para descansar. Simplesmente, nessa história, fica evidente que o povo começou a colher e, seis dias depois, parou para descansar.

A hipótese de que o povo já vinha guardando regularmente o sábado é inteiramente afastada por vários motivos bíblicos, tais como esses dois: Deut. 5: 2,3: “O Senhor, nosso Deus, fez conosco concerto em Horeb. Não com os nossos pais fez o Senhor este concerto, senão conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos”. Malaquias 4: 4 declara: “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horeb, para todo o Israel, e que são os estatutos e juízos.” O Senhor diz, então, onde entregou a Lei ao Seu povo.

Mesmo que tais trechos não existissem na Bíblia, a verdade permanece e pode ser vista no próprio episódio do maná, em Êxodo 16: 4,5: ”Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá, cada dia, a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não. E acontecerá, ao sexto dia, que prepararão o que colherem: e será o dobro do que colhem cada dia”. Preste atenção na expressão ’cada dia’: se existisse uma semana em andamento e Deus fizesse questão do sétimo dia desse calandário, o Senhor teria dito: ‘o povo sairá, e colherá, desde o primeiro ao sexto dia da semana...’.

Ora, por que Deus queria testar se o povo obedecia ou não a Sua lei se o sábado já estivesse em pleno decurso? E, ainda, se a semana já existisse, por que Deus nem falou nela? Em lugar disso, falou Deus que o povo sairia e, ao sexto dia da coleta, se prepararia para o dia seguinte! E, mais uma pergunta: por que o versículo 30 declara que só então o povo descansou no sétimo dia?

O Aspecto Biológico do Sábado

Um dos argumentos içados pelos adventistas do sétimo dia para a defesa do caráter salutar do descanso semanal é a conveniência biológica ao organismo humano. Mesmo sem o conhecimento médico especializado, é fácil perceber que isso faz sentido, desde que o descanso – ao longo da vida - ocorra a cada sete dias e não a cada seis dias ou a cada oito dias.

É possível entender que o excesso do ritmo de trabalho ao longo de uma vida inteira causará problemas, como a fadiga precoce. Por outro lado, um intervalo menor causará um preparo físico inferiorizado em relação ao padrão normal, sem contar o prejuízo da produtividade e da produção. Note que descansar semanalmente tornou-se uma prática universal, independentemente do fato de que o indivíduo seja adventista ou não.

Assim são as ordens de Deus: os seus descumprimentos sistemáticos são claramente prejudiciais, ora do ponto de vista moral, ora do ponto de vista biológico, quando não de ambos. Uma análise meticulosa de todos os mandamentos permite essa conclusão, invocando-se apenas raciocínios científicos.

Todavia, como seria possível justificar que um descanso semanal seria prejudicial ao ser humano se praticado regularmente a cada sete dias, mas num outro dia do calendário, como o domingo ou a sexta-feira? JAMAIS será possível tal justificativa... Fica o desafio para os estudiosos interessados.

O Aspecto Memorial

A tentativa de ligar a guarda de um dia semanal fixo a uma questão de memorial (e, ainda assim, perpétuo), em relação ao ato da Criação também pode ser facilmente demolida com o uso da Bíblia.

Em primeiro lugar, podemos ver em Êxodo, capítulo12, que trata da Páscoa. O versículo14: “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor: nas vossas gerações o celebrareis, por estatuto perpétuo”. O versículo.17: “pelo que, guardareis este dia nas vossas gerações, por estatuto perpétuo”. O versículo 24: “Portanto, guardai isto por estatuto, para vós e para os vossos filhos, para sempre”.

Observe que Deus repetiu enfaticamente a questão do ‘memorial perpétuo’. Pergunto ao leitor: você pode encontrar alguma citação dentro da Bíblia de que o sábado seria memorial da Criação? Absolutamente, NÃO PODE!

Quando o decálogo foi promulgado, Deus justificou que tinha feito tudo em seis dias para transmitir ao homem a idéia de que este não devia passar mais de seis dias trabalhando, como se o homem fosse – embora simbolicamente – superior a Deus.

O leitor poderia, neste ponto, argüir que isso não teria o menor cabimento; afinal, quem poderia ser maior que Deus por fazer durante oito dias tarefas tão irrisórias em relação à Criação de tudo o que existe? Todavia, se fosse válido esse argumento, deveríamos supor que também não teria cabimento Deus proibir imagens, visto que nenhuma imagem será capaz de tanto poder quanto Deus...

Outra questão ilógica que Deus – na Sua infinita sabedoria – evitou introduzir no pretenso aspecto memorial do sábado: o homem não assistiu a nenhum ato de Criação, nem mesmo ao de Eva (pois Adão caiu em ‘pesado sono’). Ora, que sentido faria Deus exigir do homem um memorial de atos dos quais o homem não participou? No caso da Páscoa, o memorial tão enfatizado por Deus faz todo o sentido, pois não só Moisés, mas todo o povo foi diretamente participante e testemunha ocular dos eventos do livramento.

Esse episódio (Páscoa) foi tão importante que, na repetição dos dez mandamentos em Deut. 5:15, Moisés assim se expressa, ao falar do quarto mandamento: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali, com mão forte e braço estendido; pelo que, o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado.

Ora, vemos aqui que o aspecto memorial aplicado para a guarda do sábado não é a Criação e sim o livramento do Egito. Em conseqüência disso, não podemos atribuir caráter de memorial da Criação ao sábado correspondente de Êxodo 20. Se isso fosse verdade, Moisés teria insistido na questão da Criação, quando repetiu os mandamentos. Essa repetição de Moisés também mostra que o sábado, como Lei, é posterior ao cativeiro, visto que Moisés o vincula ao livramento do Egito.

O trecho de Êxodo usa o argumento de Deus para conferir importância à observância de um mandamento que corria risco de ser esquecido porque seu cumprimento só deveria se dar apenas a cada sete dias, numa época em que as pessoas tinham que contar os dias, para descansarem e santificarem. Todos os outros mandamentos deveriam ser cumpridos todos os dias e não apenas em um a cada sete – o que levaria a esquecimento ou equívocos quanto à contagem.

Esse tipo de equívoco não é particularidade do sábado (descanso e santificação), em si, e sim unicamente do fato aritmético envolvido na contagem. Isso tanto é verdade que, ainda hoje, mesmo com a enorme quantidade de referências (calendários, relógios, televisão, escolas, rotinas) muitas vezes nos fazemos a pergunta: ‘que dia é hoje?’. Ou, então, nos esquecemos de pagar uma prestação que se vence a cada mês... No entanto, dificilmente nos esquecemos de ir ao trabalho todos os dias... Paralelamente, nunca esquecemos de que matar é pecado, ou que Deus é o Criador, a não ser que descumpramos o primeiro mandamento (o mais importante, porém não sujeito ao ‘lembra-te de Deus’).

Note bem: DEUS NÃO PEDIU QUE LEMBRASSE DO DIA SÉTIMO DA CRIAÇÃO E SIM QUE SE LEMBRASSE DO DIA DE DESCANSO (O sétimo, após cada seis trabalhados). Observe, ainda, que todos esses fundamentos não implicam que o dia de descanso seja o sábado ou o domingo ou a sexta-feira do calendário. Todos os fundamentos permanecem válidos se o descanso ocorre a cada sete dias, independentemente de calendários institucionais.

Deus não só NÃO fez questão de fixar dia semanal calendárico, como também ilustrou isso explicitamente na Sua palavra. Na batalha de Jericó narrada no capítulo 6 do livro de Josué está registrado que o sábado não foi guardado naquela semana. Em Lamentações 2:6 também está registrado que Deus pôs o sábado em esquecimento. Ainda, em Êxodo 12:1 (a Páscoa) se pode ver que o povo, ao sair do cativeiro, estava perdido quando à marcha do tempo: o Senhor Deus teve que convencionar para o povo que mês seria o primeiro do ano, a fim de que o calendário da Páscoa pudesse ser observado com precisão.

A obstinação por um dia semanal calendárico fixo para a santificação, com a conseqüente exclusão dos que usam outro dia fixo do calendário diferente é mais um dos escândalos que a religião supostamente cristã vem oferecendo às outras formas de pensamento: tal desunião só pode ser produto da falta de Cristo e não de sua presença. Não importa que dia seja defendido para exclusão, sábado, domingo ou outro qualquer.

Finalmente, observe que, de acordo com a profecia, Jesus ressuscitaria no terceiro dia (como o descanso do maná seria no ‘sétimo dia’). Ambos os trechos não falam da semana, nem que a regra do maná foi dada no domingo, nem que Jesus morreria no sexto dia. Esses dois episódios bíblicos garantem que a semana calendárica não tem nenhum sentido para Deus. Para não deixar nenhuma dúvida, Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e não numa terça-feira.

Caro leitor, eu falei alguma inverdade bíblica?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado - Parte 9

Trecho do Capítulo 8 – O Sábado do Maná
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Relativamente ao quarto mandamento do decálogo, o que está escrito nas versões da Bíblia que eu estou utilizando, incluindo a versão on-line obtida nos sítios adventistas, o dito divino corresponde à primeira hipótese, ou seja, seis dias trabalharás. Se o mandamento tivesse se referido ao período do primeiro ao sexto dias, a sua tradução para a linguagem atual exigiria que a redação (em português) falasse em de domingo a sexta-feira (from Sunday to Friday, em inglês). Como está nas Sagradas Escrituras, não podemos traduzir a lei dessa forma – só mesmo quem não tem escrúpulo de alterá-la, se acha no direito de fazê-lo!

Vamos imaginar, invertendo o ângulo de visão, para melhor percepção e podermos ser mais imparciais, que no decálogo estivesse a segunda opção, ou seja, trabalharás do primeiro ao sexto dias. Como estariam hoje as duas correntes antagônicas (adventista e não adventista) se comportando sobre a questão?

Creio que é razoável supor que os não sabatistas estariam do mesmo lado em que se encontram, uma vez que não tem feito parte de suas defesas - de acordo com o que eu consigo observar - uma linha de argumentação que toma como fundamento seqüências amarradas de dias, quer em relação a sábados quer em relação a domingos. Eu, pelo menos, na minha defesa do Dia do Senhor, a ser posteriormente exibida ao leitor, nem de longe considero que esse aspecto tenha a mínima relevância. E o leitor verá que essa posição é baseada na Bíblia Sagrada.

Quanto à outra corrente de pensamento, sendo mais proselitistas em torno da amarração do dia, é aceitável supor que os seus defensores estariam se aproveitando do fato de o trabalho ser permitido para os dias primeiro ao sexto, ou seja, de domingo a sexta-feira. E com certa razão, arrematariam: o Senhor não disse seis dias e sim primeiro ao sexto; logo não nos cabe escolher. Não feche seus olhos para isso, caro leitor!

Talvez seja importante observar que, naquela época, a organização em torno de um único dia tinha mais sentido do que atualmente, não apenas para as pessoas, mas, sobretudo, para Deus. Naquela comunidade, mesmo se incluirmos os que moravam em terras distantes, do ponto de vista do mundo habitado de então, todo o povo de Deus parava de trabalhar num mesmo instante, de forma que, olhando do Alto, o Senhor estava a observar a terra parada para santificá-lO. Era uma coisa gloriosa, sem dúvida!

Hoje, por causa das dimensões da terra habitada e seus fusos horários, a coisa nem funciona assim. Para Deus, de certa
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 8

Trecho do Capítulo 7 – Lembra-te
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Ouvir Falar Antes

O autor até que não foi tão radical ao dizer que o ‘lembra-te’ poderia significar que já se tinha ouvido falar antes. Muitos outros querem sugerir que isso implicaria que a prática já seria regularmente adotada. O termo ‘antes’ não significa que era desde o sétimo dia da Criação. Está muito claro, na Bíblia, que antes de a lei ser promulgada, o Senhor preparou o povo para guardar o sábado, sob a forma de treinamento (Êxodo, cap. 16). No vers. 30 desse trecho se lê a seguinte expressão: “Assim descansou o povo no sétimo dia".

A alternativa que quero descrever para a primeira possibilidade (‘ter ouvido antes’) pode ser assim ilustrada: imagine que você compra um bem para ser pago em prestações, sem entrada. Um pedido de um ente querido ou do próprio vendedor, na véspera do primeiro pagamento, no sentido de lembrar o dia fará sentido, mesmo que você não tenha tido a rotina de ter pago prestações até então. Em outras palavras: de acordo com essa ‘possibilidade’, não comentada pelo professor, o pedido de lembrete poderia significar também que o sábado ainda não era uma rotina devidamente sacramentada até então! Sendo uma alternativa lógica, não pode ser desprezada numa análise como empreendeu o dito professor.

Lembrança no Maná

Atribuir um caráter de ‘reintrodução’ ao ato de promulgação no Sinai corresponde a um mau serviço à causa adventista. Primeiramente, por que significaria que estaria suspenso havia algum tempo – e, biblicamente, sabemos que não é esse o caso.

O evento mais apropriado para essa especulação seria o do Maná – que será tratado especificamente no próximo capítulo. Esta hipótese, sim, está a serviço da idéia desse comentador: ela garante que o sábado já vinha sendo seguido antes do evento legislativo no Sinai. Todavia, não se trata de reintrodução, a não ser que alguém prove, pela Bíblia, que tal prática tinha acontecido antes (do Maná). O termo ‘lembra-te’ refere-se ao dia que pode ser esquecido, por ser apenas um em cada sete. Na verdade, na redação do quarto mandamento o Senhor Deus pede que o seu povo se lembre do dia de sábado.
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sábado, 1 de dezembro de 2007

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 7

Trecho do Capítulo 6 – Ajuda para Especulações
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No segundo item, há a especulação de que Deus não criaria uma instituição para a qual exigiria observância, permitindo que ela se extraviasse ao longo dos tempos. Tal posicionamento merece que se considere em que sentido o extravio (como içado pelo comentador) seria tão prejudicial aos objetivos da lei, quais sejam, descanso, adoração, lembrança da criação, etc. Será que se extraviou a necessidade biológica do repouso, com a pretensa alteração do dia? Ora, mesmo os que guardam o domingo têm como certo que Deus concluiu a obra da Criação no sétimo dia. Para eles, não houve extravio nem quanto a isso, apesar do esforço dos sabatistas legalistas em provar o contrário. Aliás, extravio dessa necessidade de repouso seria um super-benefício àqueles desobedecessem a lei de Deus. De certa forma, tal necessidade de repouso extraviar-se-á na eternidade!

Deus abençoou o homem e a mulher formados, e até criou também o meio pelo qual eles permaneceriam puros e imortais (as duas árvores). Mesmo assim, eles se extraviaram, não só nos episódios que deram causa a sua expulsão do Éden, como depois, com o dilúvio sendo a nova expulsão. Reforce-se que, quanto à lei dietética de Adão no Éden, houve extravio típico, queiram ou não os interessados. Deus expulsou e castigou as criaturas, mas não lhes retirou o conhecimento do bem e do mal, dispensando-se a necessidade de colocar querubins para guardar a respectiva árvore.

Folheie o livro "Do Primeiro ao Último Sábado - Parte 6

Trecho do Capítulo 5- Contradições

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Citação 5.1 (Adventista)

“Antes da queda, a lei destinava-se a proteger Adão e Eva, evitando que incorressem em dificuldades. O relato que temos daquele tempo indica que a lei era muito simples. Continha uma proibição: Manter-se afastado e não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se houvessem seguido esse simples preceito, jamais lhes sobreviria algum problema. Essa lei era a salvaguarda da harmonia entre Deus e Suas criaturas".

Contém uma conclusão irrecorrível: no Éden não havia lei para guardar o sábado; portanto, Adão não a conheceu como lei, pelo menos enquanto estava no paraíso. Os trechos a seguir, pregam o contrário. Comparemos com outro trecho, extraído de “O Selo de Deus na Lei – Capítulo 9: O Sábado antes do Sinai”.

Citação No. 5.2 (Adventista)

"A Lei Moral (os Dez Mandamentos) na qual o Sábado é o quarto Mandamento, já existia desde o Éden. Era essa lei transmitida oralmente de pai para filho através do ensino familiar (Êxodo 13:9). Também era conhecida e praticada na casa do patriarca Jacó, no Egito.

E ainda, de “Desde o Princípio dos Tempos” (www.cvvnet.org)

Citação No. 5.3 (Adventista)

"Antes da queda, nossos primeiros pais tinham guardado o sábado, que fora instituído no Éden; e depois de sua expulsão do Paraíso, continuaram sua observância".

Temos aí outros analistas, fazendo insinuações contrárias, a saber: no Éden o sábado (entendido como prática semanal) era seguido por Adão! Eu, particularmente, só me sinto notificado disso através das doutrinas adventistas, não pela Bíblia. Quanto ao fato de os patriarcas terem cumprido, faça-se a ressalva de que pode ter havido exceções, visto que todos pecaram, conforme diz a Bíblia, ou seja, todos transgrediram a Lei. As transgressões podem não ter sido eventuais e sim sistemáticas, conforme sugere Gênesis 6: 11,12, onde está escrito:

“A terra estava corrompida à vista de Deus. Viu Deus a Terra e eis que estava corrompida; porque todo o ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.

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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Folheie o Livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 5

Trecho do Capítulo 4 - Santificação na Lei

A idéia de santificação na época da lei era no sentido de o homem não ser partícipe do castigo de Deus dado por ocasião de sua expulsão do Éden – a saber, a fadiga (não o trabalho) pela obtenção do sustento. Em outras palavras, o supremo Deus, que tencionou criar um homem não sujeito a cansaço (e morte, por extensão), amaldiçoou-o, retirando dele esse privilégio – embora para restauração futura, via redenção. Deixo ao leitor a opção de imaginar quantos problemas deixaríamos de ter no mundo, caso o trabalho não causasse fadiga...

Dessa forma, Deus não queria que, no Seu sábado santo, o homem experimentasse essa fadiga maldita – eis o significado de santificação para aquela época, onde as pessoas não viviam sob a expectativa de vida futura, através de Jesus. Por extensão, a fadiga pode ser mental - condição que acaba se concretizando em sentimento de cansaço. Nada de esforço físico, portanto, nem nada de exposição a situações que podiam contribuir para aborrecimento e, por conseqüência, fadiga mental.

Particularmente, se você se expõe a situações que podem contribuir para aborrecimento, ou arrependimento posterior, mesmo que isso decorra apenas do fato de que você teria desagradado a Deus, estará transgredindo o sábado, sob a ótica da lei. Foi por isso que o Senhor incluiu no quarto mandamento os animais de propriedade do guardador do sábado: se você é dono de um animal, geralmente existirá uma relação de estima entre você e ele. Quer ele seja apenas de estimação quer seja um meio de suporte. Então, um acidente com esse animal no sábado causaria transtorno ao dono, quebrando assim a santidade exigida por Deus.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Folheie o livro 'Do Primeiro ao Último Sábado" - Parte 4

Trecho do Capítulo 3 - Malversação e Parcialismo
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Uma das contendas a que Ellen White e seus correligionários contemporâneos deram uma importância capital e fatal foi quanto ao número de ordem que o dia de descanso ocupa na contagem seqüencial dos dias, a partir da Criação. Uma verdadeira tempestade em copo d’água.

É inconcebível que um fato histórico de vital importância para a história da humanidade - como assim é considerada pelos adventistas a ‘mudança’ para o domingo – não tenha tido advertências explícitas de Jesus em seu ministério terrestre, apesar de que estava mais próximo de acontecer do que a Sua própria volta, como se viu na história. Atribuir o caso a declarações genéricas tais como ‘alteração da lei’ é um despropósito injustificável biblicamente. Depõe contra a vontade de Deus que vela para Sua lei ser mantida e, para isto, alerta o seu povo, como o fez no Maná e no Éden.

Quando o Todo-Poderoso instituiu uma prova para ver se Sua lei estava sendo cumprida, no episódio do maná, Ele não deixou o povo à deriva, para ver se afundava, como se fosse uma 'pegadinha' de programa de televisão. Muito ao contrário, Ele insistiu, na iminência do acontecimento, que ninguém fosse apanhar o maná no sétimo dia, no qual até não disponibilizou o produto. É esse o Deus misericordioso que deve ser oferecido ao mundo, apesar de a época em questão ter sido de olho por olho. Na teoria sabatista, até parece que Jesus é que é defensor do dente por dente, visto que passou muito tempo até que Ellen White aparecesse para avisar supostos incautos.

Muitos contendedores atuais querem ser mais vingativos que esse Deus da lei. Felizmente, o livro da escritora Ellen não é um dos livros da Bíblia – se fosse todos nós estaríamos condenados. Na sua essência, ele é apenas mais um que acrescenta tis e jotas aos ditos bíblicos.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Folheie o Livro 'Do Primeiro ao Último Sábado - Parte III

Trecho do Cap. 2 – Legalismo e Literalismo

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Igrejas que se autoproclamam cristãs não deveriam se destacar por nada, além da condição de seguir a doutrina de Cristo. Títulos como “Igreja Luterana”, “Templo Adventista”, “Igreja Pentecostal”, “Igreja de São Pedro' e outros são impróprios para designação de comunidades cristãs. Essa mania é resquício da propensão idolátrica e exclusivista que existe dentro das pessoas, desde que o pecado entrou no mundo. Uma bandeira que não é Jesus é eleita, para que os que não a respeitam sejam massacrados e excluídos. Idolatria, conforme verá o leitor neste livro, é o pecado mais abominável contra Deus. Por esta razão, qualquer mínima semelhança com esse pecado deve ser incondicionalmente evitada – quem quer que seja o ídolo (objeto ou pessoa, viva ou morta), mesmo que pretensamente representante de Jesus.

Cada uma das correntes exercita o proselitismo sobre essas suas preferências, causando escândalo e prejuízos à universalização da mensagem do evangelho de Jesus. Produzem-se, assim, o exclusivismo, as dissensões, divisões, contendas e outros males de igual gravidade. Tudo isso no meio de um povo que diz seguir Aquele que pregou, com veemência, exatamente o contrário. Cada comunidade se acha isenta de culpa, atribuindo a origem dos seus problemas a satanás, como fizeram Eva e Adão.

Desde sua criação, tendo sofrido críticas, principalmente de setores cristãos, por sua postura relativa ao assunto, os adventistas têm construído seu acervo de justificativas e colocado ao alcance de todos o seu material doutrinário. Fiquei muito bem impressionado pela organização e qualidade desse material, quando comparado com o de muitas outras organizações do gênero.

Quando um segmento religioso é atacado exatamente na coluna vertebral que lhe sustenta, dificilmente se entrega à evidência de fatos. Se o leitor verificar bem, praticamente nenhuma divisão religiosa se desmancha para se unir a outra. Há muitos interesses envolvidos, de natureza diversa, e o que se faz, no máximo, é um pedido de desculpa, ou se constrói uma justificativa para o engano. Em resumo, sob uma perspectiva global, o ‘cristianismo’

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Folheie o Livro 'Do Primeiro ao Último Sábado - Parte 2

Trecho do Capítulo 1: O Primeiro Sábado

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Quem Santificou o Sétimo Dia da Criação?

Foi o próprio Deus, conforme diz a Bíblia em Gênesis 2: 2,3. Não foi Adão, como dizem algumas pessoas. Adão não sabia como fazer, visto que não conhecia a diferença entre o bem e o mal, quem sabia disso era Deus – portanto só Ele tinha como santificar. Essa é outra característica exclusiva desse dia, pois, quanto aos demais sábados da história, a partir da Lei do Sinai, o Senhor mandou que o próprio homem os santificasse. Se Deus estivesse santificando esses sábados depois que expulsou o homem do Éden, incluindo os atuais, então seria impossível que nós todos não estivéssemos abrangidos por essa santificação; como tal, seria impossível alguém pecar no sábado. Seria impossíevel haver terremotos nos sábados. Assim, não caberia a Deus solicitar a nossa ajuda para fazê-lo. Ou será que o Supremo não seria um Guarda Perfeito?

Como visto, a santificação emanada na lei no monte Sinai não podia jamais ter sido ordenada a Adão no Éden, pois ele não tinha como separar o que era puro do que era impuro, nem adotar providências para que algo de mau pudesse acontecer – não tinha idéia do mal.
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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Folheie o livro ‘Do Primeiro ao Último Sábado’ – PARTE 1

Trecho do Capítulo 0- Introdução:
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Muitas pessoas chegam a descartar as conclusões de pensadores quando apenas supõem que eles não têm curso teológico. Outras, de currículos inquestionavelmente respeitáveis, ensinam que estudantes não especializados podem colher frutos no estudo da Palavra de Deus para distribuir com os outros. “Você pode ser um apologista” - já disseram a seus leitores importantes pesquisadores. No entanto, cada vez mais são as altas autoridades que fazem valer suas idéias. Para onde vai o valor da verdade? Não é ele que importa? Peço isso - que considere as minhas afirmações pelo seu valor de verdade bíblico - pois não tenho nenhum histórico digno de ser respeitado, principalmente em matéria de conhecimento religioso.

Meu propósito aqui não é combater os adventistas, nem evitar que candidatos a mudança de pensamento evitem ligar-se àquela igreja ou dela desligar-se. Quero contribuir para que haja menos divisão entre os cristãos, mais tolerância, não significando necessariamente que as várias ramificações do cristianismo, especialmente o hoje chamado evangélico, se devam unir numa única, do ponto de vista organizacional.

Se essa tentativa de contribuição tem como endereço o que considero enganoso na doutrina do sabatismo, não é por que outros segmentos religiosos não tenham grande parte das características indesculpáveis similares às que são aqui denunciadas. A minha iniciativa é apenas uma questão circunstancial que tem origem em fatos acidentais.

A propósito, esta coleção de comentários contém em si a novidade de ter sido inspirada numa conversa recente com um amigo adventista, engenheiro e meu ex-aluno de Universidade, num momento em que, por nunca ter me dedicado ao estudo da questão, eu tinha uma visão que se baseava na presunção de que a única diferença entre os adventistas e os demais cristãos era devida ao fato de que eles guardavam o sábado e os outros o domingo.
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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O Maior de Todos os Pecados – Parte II

Leia antes: O Maior de Todos os Pecados – Parte I

Pois bem, questionou-se se a intercessão praticada por pastores em benefício dos crentes que a solicitam constitui idolatria.

Ora, se alguém assim age por entender que o pastor tem acesso privilegiado a Deus, então teremos idolatria sim.

No entanto, se alguém assim age porque entende que está obedecendo a uma recomendação de Deus, então não temos idolatria. Para entender melhor, vamos voltar aos casos do bezerro de ouro e da serpente de metal.

No primeiro caso, temos idolatria porque o bezerro foi feito por conta própria das pessoas e não por determinação divina. Então, houve idolatria e, conseqüentemente, condenação.

No segundo caso, a serpente foi feita por determinação da Deus e não do homem: logo não houve idolatria e sim obediência a Deus.

O caso da intercessão de pastores é absolutamente análogo: se você procura o pastor porque creu na palavra de Deus que disse que assim agisse, então você está simplesmente obedecendo a Deus. Entretanto, se você vai ao pastor por entender que ele é uma via de acesso privilegiada, um intermediário entre você e Deus, então temos um caso típico de idolatria.

Finalmente, resta saber se Deus – tal como fez com a serpente – autorizou a prática de procurar pastores para oração por você. Sim, Deus fez isso e está escrito em Tiago 5:14,15. “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite, em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”.

Conclusão: NÃO IDOLATRE NEM MESMO OS LÍDERES DE SUA IGREJA – VIVOS OU MORTOS.

O Maior de Todos os Pecados - Parte I

O Maior de Todos os Pecados – Parte I

[a ser atualizado]

Há vários motivos pelos quais a idolatria é o maior pecado. Vou citar apenas alguns, mas antes cabe advertir que a idolatria não é um conceito restrito à questão de imagens de esculturas. Cultivar a veneração de imagens é apenas um caso particular da questão.

A idolatria pressupõe a existência do ídolo, que é o objeto da idolatria: a coisa, a pessoa (viva ou morta), o deus idolatrado (material ou espiritual). Só há o pecado de idolatria se houver o ídolo. Por sua vez, o ídolo é o objeto que passa a ‘substituir’ ou simplesmente ‘completar’ Deus.

Quando temos por referência o Deus Eterno, Infinito, Perfeito, Todo-Poderoso, então qualquer coisa tomada como substituta de Deus ou mesmo intermediária entre Ele e homem constituirá idolatria, visto que ficam postos em xeque esses atributos de Deus.

Quando um ídolo é eleito, não há como negar que o eleitor viu em Deus alguma falha, alguma falta, alguma incompletude. Portanto, o ídolo se torna mais importante do que Deus, na visão do idólatra, visto que parece preencher esse vazio supostamente deixado por Deus.

Pessoas que se prostram diante de imagens, mesmo que com o pretexto de se relacionarem com Deus, não podem negar que elas, no seu íntimo, não se sentem bem relacionadas com Deus a ponto de merecerem a atenção dEle, se não for através dessa espécie de pistolão: o ídolo.

Dessa forma, o caráter de Infinito e Todo-Poderoso de Deus fica violado, na visão do idólatra. É ferido aqui o princípio máximo de Deus: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM.

Quando Deus estabeleceu sua grande Lei, foi a idolatria que apareceu em primeiro plano: o pecado da idolatria foi condenado no primeiro mandamento. Na verdade, em termos explícitos, os três primeiros mandamentos tratam exclusivamente de idolatria. É um evento tão relevante que teve que ser desdobrado em 3 mandamentos – justamente os três primeiros.

Por outro lado, o pecado da idolatria é o único que, se cometido, implica o cometimento de todos os outros pecados, visto que, desde que Deus foi ignorado, tudo o que você fizer a pretexto de cumprimento dos demais mandamentos será casual e não decorrente de uma obediência a Deus – já que Este deixou ser Deus para você.

Isso pode parecer estranho, mas vamos fazer a seguinte ilustração: uma pessoa que rejeita Deus – como um ateu, por exemplo – estaria cumprindo a lei de Deus relativa ao adultério se ele não comete adultério? Penso que não, uma vez que ele mesmo reconhece que age assim porque se supõe gente boa e não porque aprendeu de Deus que isso é bom.

Um outro sintoma de que a idolatria é o grande pecado pode ser notado quando se observa o tamanho da punição aplicada. DEUS QUIS DESTRUIR O POVO por causa do bezerro de ouro. Tratava-se, nas circunstâncias de então, da maior penalidade aplicável.

Outro sinal: qual foi o primeiro pecado? Exatamente o da idolatria. Na Terra, Eva o cometeu, antes de levar a cabo o ato de provar a fruta proibida. A mulher poderia, por si mesma, ter tido vontade de comer a fruta, mas essa vontade não seria pecado se não levada a efeito como decorrência do simples respeito à ordem divina.

O ato de comer a fruta não constituiu pecado em si, visto que a árvore foi feita para ser útil na época e nas circunstâncias que seriam determinadas por Deus. Deus não criaria a via de acesso à inteligência sem que tivesse a intenção de dá-la do homem no tempo próprio.

Antes de Eva comer o fruto, ela teve, obrigatoriamente, que crer que era verdadeiro o que a serpente lhe dizia. Ou seja, ela deu mais importância à voz da serpente que à de Deus, e, ali, o primeiro ídolo da Terra foi eleito.

Mais uma vez, a punição foi gigantesca, pois o homem perdeu o acesso à imortalidade, o bem mais cobiçado da humanidade. Ainda bem que Jesus se tornou a nova Árvore da Vida – o meio pelo qual o homem terá resgatada essa sua condição primordial.

Retroagindo ainda mais no tempo, bem antes da criação do mundo, o pecado de idolatria também teve seu lugar: o Lúcifer o cometeu, elegendo a si próprio como ídolo. E a punição foi esmagadora e irreversível, como sabemos: Deus não vai perdoar o diabo e sim destruí-lo, pois ele não só cometeu o pecado, como também passou a induzir o cometimento ao homem, mesmo depois da punição, começando com a tentativa junto a Eva.

Quando vamos ao Novo Testamento, observamos Jesus referir-se ao pecado da idolatria de forma TEXTUAL, por ocasião da tentação no deserto. Jesus veio ao mundo e nos deixou um conjunto de palavras, que servirão de julgamento no último dia, como Ele falou em João12:48.

Quando alguém perguntava quais eram os mandamentos, Jesus usava palavras próprias para explicar e evitava citar literalmente a redação da lei de Deus. No entanto, quando satanás pediu que Jesus o adorasse, o Mestre citou LITERALMENTE a Lei de Deus. Jesus falou: “ESTÁ ESCRITO: a teu Deus adorarás e só a Ele darás culto” Foi a única resposta de Jesus que Ele fez questão de não adicionar qualquer adorno – o que poderia ensejar que a idolatria da Lei teria que ser complementada, mesmo que no sentido de radicalização (explicada a seguir). O que estava escrito, valia e valeria por toda a eternidade.

Esta minha última afirmação pode parecer pôr em xeque a validade dos demais mandamentos. Note, entretanto, que todos os mandamentos foram repetidos por Jesus em sua nova forma de abordar o cumprimento. Todos mereceram um aspecto de ‘radicalização’ e, paradoxalmente, ‘libertação’, por causa do poder perdoador de Jesus. Todavia, o da idolatria não mereceu reparos: valia o que já estava escrito!

Em todos os episódios em que a Lei era invocada, Jesus bradava palavras próprias que serviram para mostrar ao mundo a sua nova versão mais radical de cumprimento da lei de Deus, onde o pecado, a partir de então, saía de sua condição de simples transgressão de ‘documento escrito’, para assumir o plano das intenções. Agora - disse Jesus - é o que “sai da boca do homem” que o contamina. E ainda: “a boca fala do que está cheio o coração”.

Exemplificando: no tempo da Lei, ter a intenção de cometer o adultério não caracterizava ato digno de punição. O crime só se estabelecia se o ato fosse efetivamente cometido. Jesus, entretanto, disse que apenas a intenção já constituía pecado de adultério.

Sob certo aspecto, isso pode parecer uma radicalização extrema, mas não é; e o motivo foi dado pelo próprio Jesus: Ele implantou o perdão, através do arrependimento. Essa foi a liberdade, a libertação trazida por Jesus. O nosso Senhor disse certa vez: "se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". [João 8:36].

No Velho Testamento, um homem foi morto por que foi flagrado rachando lenha no dia de sábado. Em Jesus, uma mulher adúltera deixou de ser apedrejada, porque Jesus a perdoou. Jesus não deixou de considerar o ato um pecado, mas não o corrigiu na forma da Lei.

Um pergunta

Tenho ouvido freqüentemente a seguinte pergunta: pessoas crentes em Deus que solicitam a intercessão de líderes de igreja para a solução de seus problemas, tal como fazem os evangélicos, que se prostram diante de pastores para que estes orem por eles, não estariam sendo idólatras? Para saber por que não ou por que sim, clique em:

O Maior de Todos os Pecados – Parte II

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Imagens Proibidas

Imagens Proibidas

O principal argumento apresentado pelos que defendem a cultura de imagens é a ordem de Deus para que se construíssem as esculturas de querubins e da serpente de metal, em episódios diferentes narrados na Bíblia no livro de Êxodo 25:18-20 (aqui os querubins de ouro) e em Números 21:8,9, em trecho combinado com Reis 18:4 (as serpentes).

O fato de Deus ter mandado fazer essas esculturas tem tanto valor quando aquele em que Ele proibiu, na lei, o povo de fazê-lo. Moisés não questionou a ordem de Deus, alegando o segundo mandamento, exatamente porque tudo o que Deus ordena é Lei. Deus não é limitado, nem humano, para que suas ordens tenham uma hierarquia, de forma que umas sejam mais importantes que outras.

Veja bem: há um mandamento na lei de Deus que diz o seguinte: “NÃO MATARÁS”. No entanto, o povo de Deus praticou muitas mortes por ordem de Deus. Na invasão de Jericó (Josué: cap. 6) todas as pessoas da cidade – velhos, crianças, jovens, adultos, mulheres grávidas – foram mortas e Josué nunca questionou o mandamento de Deus dado na Lei: simplesmente cumpriu a ordem de Deus então dada.

A ordem de Deus para essa execução em massa não nos autoriza a matar ninguém, a não ser que Deus nos dê uma determinação nesse sentido. Da mesma forma, a ordem de Deus para Moisés construir as imagens da serpente e dos querubins não nos autoriza a construir imagens, pois isso está primariamente proibido pela lei de Deus.

Observando ainda o trecho complementar de 2 Reis 18:4, nota-se que a imagem da serpente foi destruída depois de que seu papel curativo já não fazia sentido. O povo estava a usar a imagem da mesma forma que os idólatras usam hoje: queimando incensos e dando a esculturas nomes especiais e de conteúdo idolátrico (‘Neustan’ passou a ser o objeto de adoração).

Note-se, ainda, que a destruição da imagem da serpente foi parte do plano de restabelecimento do culto ao Senhor, pelo rei Ezequias. Logo, culto ao Senhor e imagens não têm nada em comum.

E o fato mais notável dessa história da destruição da escultura da serpente é que o bom rei Ezequias destruiu imagens que tinham sido construídas por ORDEM DO PRÓPRIO DEUS! Que coisa mais marcante, não acha?

Isso vem a propósito de que muitas pessoas, hoje em dia, têm receio de destruir imagens, ou simplesmente vilipendiá-las, por acharem que elas têm algum valor por terem sido feitas por ordem de alguém que tem cargo importante na igreja, mas não é DEUS!

Um outro argumento muito utilizado na mesma direção é a justificativa de que as imagens hoje veneradas no catolicismo não excluiriam Deus, já que as pessoas que as cultuam teriam o Deus verdadeiro como seu Senhor. Por outro lado, tais imagens seriam de santos e não de bezerros, serpentes, figuras outros animais.

Não seria necessário outro trecho bíblico que não o do decálogo para ver esse argumento desmontado, visto que o Senhor não apenas proibiu a fabricação, simplesmente, nem usou termos restritivos ou particularizadores: muito ao contrário, para evitar qualquer desvio, fez uso de termos generalizadores, tais como ‘figura alguma do que está em cima no céu (anjos, querubins, etc), em baixo na Terra (homens, animais) e nem nas águas debaixo da Terra (animais).

O caso do bezerro de ouro também é esclarecedor: a imagem foi feita para uma festa ao Senhor, conforme está escrito em Êxodo 32: 4-6. Mesmo assim, o bezerro foi destruído.

Do Primeiro ao Último Sábado

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sábado, 20 de outubro de 2007

Respostas Corrigidas Sobre o Sábado

Respostas de Adventistas

Dolivro: "Do Primeiro ao Último Sábado" - Continuação do cap. 22

Aprofundando-me ainda mais no meu intrometimento, nesta última parte aproveitei um conjunto de respostas dadas pelo setor adventista a uma série de perguntas que eles mesmos formularam, insinuando serem estas de origem não adventista. Como não sabatista (pelo menos, à moda moderna) não concordo com algumas dessas perguntas.

Apresentarei as suas respostas, encontradas no endereço http://www.dsa.org.br/Osabado/temas8.asp, bem como a VERSÃO CORRIGIDA, de minha autoria, para cada uma delas, baseada na Bíblia e no que expus neste livro.

Tira-dúvidas (perguntas de origem adventista, suas respostas e minhas respostas = respostas corrigidas)

1. O sábado não é só para os judeus?

Resposta Adventista: Não. Jesus disse: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” Marcos 2:27. Não somente para os judeus, mas para o homem – todo homem e toda mulher em todos os lugares. Os judeus só passaram a existir 2.500 anos após o estabelecimento do sábado.

Resposta Corrigida: A expressão 'por causa do' foi malversada em direção à expressão 'para o' a fim de que o intérprete pudesse incluir o segmento não judeu. O trecho da Bíblia referido mostra claramente para os adventistas que Jesus visava minimizar o jugo do sábado. Logo, é ir além das Escrituras querer insinuar que Jesus quis dizer que os não judeus também tinham que guardar o sábado. Na verdade, paradoxalmente, parecia ser isso o que queriam dizer os acusadores, não Jesus. O Mestre colocou o sábado não apenas abaixo dEle, mas também do homem genérico. Leia também o trecho de I Coríntios 11:9, onde a Palavra de Deus repete a expressão 'por causa de' a fim colocar nos seus devidos lugares hierárquicos o homem e a mulher. Nesse trecho, será que a mulher está sendo colocada acima do homem?

2. O texto de I Coríntios 16:1 e 2 não fala de ofertas na escola dominical?

Resposta Adventista: Não faz referência alguma a reunião pública. O dinheiro devia ser separado em particular, em casa. Havia fome na Judéia (Romanos 15:26; Atos 11:26-30), e Paulo estava escrevendo às igrejas da Ásia Menor para que ajudassem. Todos esses cristãos guardavam o sábado, e assim Paulo sugeriu que no domingo pela manhã, após o sábado [era quando pagavam seus débitos e punham em ordem suas contas], eles separassem algo para os irmãos necessitados, a fim de que estivessem preparados quando ele viesse. Isso devia ser feito em particular, ou seja, em casa. Não há nenhuma referência ao domingo como dia santo. De fato, a Bíblia não sugere nem ordena em lugar algum a observância do domingo.

Resposta Corrigida: A pergunta, em si, não tem cabimento. As duas primeiras linhas da resposta não têm erros, mas têm omissões. Omitem que em outros trechos, principalmente em Atos dos Apóstolos, está mostrado que os cristãos de então faziam a obra do Senhor todos os dias, indistintamente, havendo diferença nos sábados quanto ao local, visto que iam às sinagogas, pois era lá que estava o alvo de sua mensagem do Cristo Ressuscitado. A afirmação que segue de que esses cristãos guardavam o sábado não está contida nos trechos invocados, da mesma forma a de que eles tinham escola dominical: viviam, isto sim, o Dia do Senhor, que estava em curso.

3. Atos 20:7-12 não é uma prova de que os discípulos guardavam o domingo como dia santo?

Resposta Adventista: De acordo com a Bíblia, cada dia começa com o pôr-do-sol e termina com o pôr-do-sol seguinte (ver Gênesis 1:5, 8 e Levítico 23:32), e a parte escura do dia chega primeiro. Portanto, o dia de repouso começa com o pôr-do-sol de sexta-feira e termina ao pôr-do-sol de sábado. Esta reunião de Atos 20 foi realizada na parte escura do domingo, o que hoje chamamos de sábado à noite, e durou até a meia-noite. Paulo sabia que não veria essas pessoas outra vez antes de sua morte (verso 25). Por isso, não é estranho que pregasse durante tanto tempo. [Uma reunião semanal não teria durado tanto tempo.] A reunião ocorreu na parte escura do primeiro dia da semana [o que chamamos sábado à noite] porque Paulo “devia seguir viagem no dia imediato”. “Partir o pão” não tem nenhum significado de “dia santo”, porque eles o partiam todos os dias (Atos 2:46). Não há o menor indício nesta passagem das Escrituras de que o primeiro dia da semana é santo, nem de que esses primeiros cristãos assim o cressem. Tampouco há a mais remota evidência de que o dia de repouso tivesse sido mudado. A Bíblia refere-se ao domingo como ‘dia de trabalho’ em Ezequiel 46:1. Deus jamais pediu a quem quer que fosse para guardar o domingo como dia santo. A propósito, a reunião de Atos 20 é mencionada nas Escrituras por causa do milagre da ressurreição do jovem que sofrera um acidente fatal durante a cerimônia.

Resposta Corrigida: O trecho bíblico começa por declarar inequivocamente que era no primeiro dia da semana. Isso é bastante para se saber em que dia bíblico ocorreu tal reunião. Não precisamos de alguém para nos traduzir uma declaração tão simples. Em outras análises, os adventistas não costumam por em dúvida o horário em que se fazia tal coisa no sábado, quando a atividade é considerada lícita para o sábado que eles defendem. Quanto aos indícios de dia santo ficam eles por conta de quem defende sábados ou domingos como tais. No meu caso, através deste livro, ficou muito claro que em todos os dias temos sábados e domingos que devemos santificar ao Senhor Jesus Ressuscitado. O trecho de Ezequiel 46:1 fala de seis dias que são de trabalho e não do primeiro ao sexto dias da semana atual. São seis dias que precedem o dia de descanso, conforme está na lei. Veja este livro para mais detalhes. Observe que a atividade de que trata esse trecho bíblico fala também se refere à festa da lua nova, dia esse esquecido pelos adventistas. Assim, o que está ali não serve como base legal. De qualquer forma, o que os apóstolos faziam naquele primeiro dia em particular era um trabalho permitido aos sábados, visto que era para o bem. Não serve para caracterizar que era sábado nem domingo, nem que o que faziam ali era para ser praticado em algum dia especial por nós. A pergunta não tem cabimento.

4. Mas não se perdeu a noção do tempo nem dos dias da semana, desde o tempo de Cristo?

Resposta Adventista: Não. Enciclopédias de grande credibilidade e livros de referência deixam claro que nosso sétimo dia é o mesmo que Jesus guardou como dia santo. É um fato que pode ser comprovado.

Resposta Corrigida: Para a Bíblia e para os cristãos que vivem o Dia do Senhor, o que dizem as enciclopédias é coisa vã e sem utilidade. Se a noção de contagem de tempo foi perdida, nada muda para os que vivem o Dia do Senhor. Pergunta e resposta inócuas.

5. Mas João 20:19 não é um relato provando que os discípulos instituíram a observância do domingo em honra da ressurreição?

Resposta Adventista: Muito ao contrário, esses discípulos não criam que a ressurreição havia ocorrido (Marcos 16:14). Eles estavam reunidos com “medo dos judeus”, e tinham trancado as portas. Não há a menor idéia aqui de que eles consideravam o domingo como um dia santo. Há apenas oito textos no Novo Testamento que mencionam o primeiro dia da semana. [A palavra “domingo” não existe na Bíblia.] Os primeiros cinco tratam da ressurreição: Mateus 28:1, Marcos 16:2, Marcos 16:9, Lucas 24:1, João 20:1. Já discutimos os outros três (João 20:19, Atos 20:7 e I Cor. 16:1 e 2) nas perguntas anteriores. Nenhum deles faz a mais remota inferência de que o domingo é dia santo.

Resposta Corrigida: A pergunta é descabida. Quanto à resposta, não há referência nos textos do Novo Testamento a que somente o sábado deve ser dia santo. Muitos trechos deste livro mostram, à luz da Bíblia, que sétimo dia santo não faz sentido no Dia do Senhor. Mais uma vez afirmo: os que vivem o Dia do Senhor não têm a menor necessidade de atos comemorativos periódicos. Para eles tal pergunta não tem qualquer razão de ser. As referências aos sábados no NT não se destinam a preservá-lo e sim a noticiar o costume de observância legal na época em que ele era o feriado semanal oficial e, como tal, era seguido por costume, da mesma forma como observamos certos aspectos de feriados oficiais hoje existentes, como o sete de setembro no Brasil. Outrossim, certamente o que fizeram no sábado imediatamente anterior a esse dia de portas trancadas, não foi em Jesus, pois Ele de fato estava morto, o dia era de trevas, como Ele mesmo falou. Somente naquele primeiro dia a alegria se fez presente. Não tem sentido pensar que houve instituição de dia (solar) santo naquela reunião, a não ser quanto à notificação do Dia do Senhor, dada pelo próprio protagonista desse 'Dia', ao anunciar a Sua ressurreição.

6. E Colossenses 2:14-17 não suprime o sábado?

Resposta Adventista: De maneira alguma. Essa passagem refere-se apenas ao sábado como “sombra das coisas que haviam de vir”, e não ao sétimo dia, o sábado. Havia sete dias santos no antigo Israel que eram chamados sábados. Foram dados em acréscimo, ou “além dos sábados do Senhor” (Levítico 23:38) ou sábado do sétimo dia. Eles prefiguravam a cruz e terminaram na cruz, mas o sábado do Senhor foi estabelecido antes da entrada do pecado, e portanto, esses sábados não podiam prefigurar nada sobre livramento do pecado. Esta é a razão pela qual Colossenses faz menções específicas dos sábados que eram “uma sombra”. Esses sábados anuais que foram abolidos na cruz, são mencionados em Levítico 23.

Resposta Corrigida: Veja este livro para descobrir na Bíblia por que sábados e domingos não têm significado algum na Terra Nova. Na terra atual, tanto um como outro são sombras. Até mesmo o sol que os define (que é luz agora) será sombra na Terra Nova. Portanto, o termo ‘sábado’ ali inclui tanto o sábado quanto o domingo atuais.

7. De acordo com Romanos 14:5, o dia que guardamos é um assunto de opinião pessoal?

Resposta Adventista: As palavras “todos os dias” referem-se aos seis dias de trabalho. (Ver Êxodo 16:4, 5, 26, etc.) O sábado do sétimo dia não está envolvido. A discussão gira em torno dos sete sábados anuais e sua validade após a cruz. Note que todo o capítulo trata do assunto: julgar uns aos outros (ver versos 4 e 13). Paulo não diz nada sobre o que está certo ou o que está errado. Ele simplesmente diz: “Não nos julguemos mais uns aos outros” (Romanos 7:7, 12 e 14; I Coríntios 7:19; 9:21).

Resposta Corrigida: A primeira afirmação da resposta é falsa e idolátrica. Além do próprio trecho bíblico citado (Êxodo, cap. 16), até na Criação o dia que se seguiu ao sexto foi chamado de sétimo dia. Logo, era um dia também, com suas manhã e tarde, tal como vem acontecendo até ao dia de hoje. Ou será que os sábados atuais não têm tardes e manhãs, não têm sol? Ficam, pois, sem efeito os comentários da resposta adventista que seguem a tal absurdo.

O Que é o Sábado

O que é o Sábado

Por causa do dia semanal chamado ‘sábado’ no nosso calendário e em muitos outros idiomas, muitas pessoas confundem o termo ‘sábado’ usado pela Bíblia como sendo esse dia do calendário.

Quando a Bíblia fez menção, pela primeira vez, ao sábado a ser praticado pelo homem, ela não se referiu a uma semana de sete dias que estava em curso antes. Essa primeira menção aconteceu por ocasião do maná, onde Deus falou ao povo que, no sétimo dia da colheita (E NÃO DE UMA SEMANA EM ANDAMENTO) o povo não saísse do seu lugar. Isso está escrito em Êxodo 16: 1-30. Neste último versículo está escrito: “assim descansou o povo no sétimo dia” – o que caracteriza que não havia prática instituída por Deus até então.

Nesse episódio, a Bíblia não disse que o primeiro dia da colheita era o primeiro dia da semana que já estava em curso. Se Deus quisesse preservar tal suposta semana, esse pormenor não deveria ter sido omitido. Ele certamente diria: ‘ao sexto dia da semana...’

A segunda menção – que é a principal para se entender o que é o sábado – ocorreu em Êxodo 20:11, que trata do quarto mandamento do decálogo. Mais uma vez o Senhor não se referiu a uma semana em curso. Deus não definiu que o trabalho deveria ser de domingo a sexta-feira (ou seja, do primeiro ao sexto dias da semana). Assim falou Deus: “trabalharás seis dias”. Deus nunca disse: trabalharás do primeiro ao sexto dias da semana’.

É sintomático, ainda, que, conforme está escrito em Êxodo 12: 2, o povo de Deus tenha saído do cativeiro sem a menor noção de tempo, tanto que Deus teve de convencionar qual seria o primeiro mês do ano. Ora, se o povo estava perdido quanto a meses, imagine quanto a semanas... Disse Deus nesse trecho: “Este mesmo mês vos será o princípio dos meses: este vos será o primeiro dos meses do ano”. O uso do termo ‘será’ (no futuro) indica que não era antes.

Esse trecho de Êxodo 12: 1-28 trata da instituição da páscoa e ocorreu antes do maná e da promulgação do decálogo. Deus foi enfático quando disse que o que acontecia no primeiro dia (descanso e santa convocação) também deveria acontecer no sétimo dia. E também isso foi estabelecido como memorial por estatuto perpétuo, apesar de que muitos sabatistas modernos ignorarem essa ordem nos dias de hoje.

Deus também foi enfático ao dar à páscoa o atributo de ‘memorial’ bem definido, que era para lembrança do livramento do Senhor em relação ao Egito. Esse rótulo de memorial não aconteceu quanto ao sábado. Para provar isso, é suficiente confrontar as redações do quarto mandamento em Êxodo 20:11 e Deuteronômio 5: 15. Neste último, Moisés confere importância ao dia de sábado não mencionando a Criação e sim o livramento do Egito. Percebeu? Se Moisés fosse um adventista moderno, ele jamais teria ‘trocado’ esse lembrete da Criação pelo da páscoa.

Pode surgir uma pergunta interessante aqui: teria Deus considerado o evento páscoa SUPERIOR ao sábado?. A resposta é ‘não’. Mas não se iluda: a resposta é ‘não’ quanto à páscoa ser considerada INFERIOR ao sábado. As ordens divinas não têm hierarquia, como se Deus fosse imperfeito, fosse humano. Deus instituiu no decálogo a ordem ‘não matarás’, mas, quando Ele mandou seu povo matar, o povo não questionou: cumpriu literalmente a ordem, como no caso da invasão de Jericó (Josué, cap. 6).

Além disso, Deus não exigiria memorial de um evento (a Criação) ao qual o homem não assistiu. Adão não viu absolutamente nada ser criado, nem mesmo a criação de Eva. Não faria sentido lógico exigir memorial. No caso da páscoa, o povo de Deus foi diretamente participante e o evento pode assumir perfeitamente as características de um memorial.

O registro de Deus em Êxodo 20:11 quanto ao evento Criação se destinou a mostrar ao homem que se Deus tinha achado por bem descansar após seis dias, não caberia ao homem alargar esse intervalo. Não é honesto ignorar isso, pois Moisés não fez questão de lembrar o tal memorial quando repetiu os dez mandamentos.

Conclusão: quem descansa no domingo do calendário, no sábado, na sexta-feira, não está, estritamente por este motivo, descumprindo a Lei de Deus quanto ao repouso semanal.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Perguntas e Respostas Sobre o Sabatismo - Parte II

Perguntas de Sabatistas

Do livro: "Do Primeiro ao Último Sábado" - Cap. 22

Leia antes: Questões Sobre o Dia do Senhor e também Perguntas e Respostas Sobre o Sabatismo - Parte I

A seguir, respostas dadas por mim a perguntas de origem adventista encontradas em http://www.asd-mr.org.br/estudos/e10.htm

1. Em o Novo Testamento, como chama Cristo, nosso Senhor, Seu dia especial de repouso e adoração? Apoc. 1:10

Resposta: O trecho sugerido não fala em dia especial de repouso e adoração e sim em Dia do Senhor. Esse dia não é sábado nem domingo, pois o apóstolo não precisava ser transportado em espírito nesses dias, uma vez que tais dias do calendário humano estão disponíveis a qualquer pessoa viva. Quanto a estar no Dia do Senhor, somente no Espírito, ou seja, somente para quem recebeu o Espírito através de Jesus. Tratando-se de acontecimentos futuros que ocorreriam durante a vigência do Dia do Senhor, o fato de estar nele representava uma novidade, em matéria de sintonia com Cristo Ressuscitado, em relação às profecias antigas, que foram proferidas numa época anterior ao Dia do Senhor. Até mesmo as informações escatológicas dadas profeticamente por Jesus, o foram em tempo anterior ao Dia do Senhor. É como o apóstolo dissesse: vou escrever sobre coisas do Dia do Senhor e eu estou no Dia do Senhor! Repare, ainda, que nunca uma profecia ou revelação anteriores tinham tido como ponto de destaque a menção ao dia semanal em que elas ocorreram; portanto, seria sem sentido mencionar em que dia da semana tal arrebatamento teria ocorrido, tampouco isso serviria para conferir qualquer elemento de autenticidade - à profecia ou ao dia semanal. Se João se achou em espírito no Dia do Senhor, então ele podia ver as coisas sob a Luz do Mundo que voltou a brilhar com a ressurreição de Jesus. Será que as revelações de Ellen White aconteceram todas em dia de sábado? A partir da ressurreição de Jesus, somente quem vive o verdadeiro Dia do Senhor (e não sábados ou domingos) pode receber revelação sobre as coisas do futuro. João vivia o Dia do Senhor humanamente, materialmente, tal como nós vivemos; mas, além disso, achou-se em espírito nele. Só nessa condição, alguém pode ver o futuro como se fosse o presente. O sábado ou o domingo semanais não garantem tal privilégio.

2. De que dia, disse Jesus, era Ele Senhor? S. Mateus 12:8

Resposta: Os acusadores de Jesus achavam que Ele era senhor apenas dos seis primeiros dias da semana, uma vez que não reclamavam quando ele trabalhava nesses outros dias. Por isso o Senhor disse que era senhor do sábado também. A resposta a essa pergunta é, pois, DE TODOS OS DIAS, INCLUSIVE DO SÁBADO, ou ATÉ do sábado, como disse Jesus.

NOTA [sabatista]: O Senhor diz que esse é o Seu santo dia. Isaias 58:13

Resposta: Sábado, que, na época, era qualquer dia de descanso do trabalho. Nessa época, o dia da lua nova também era dia santo do Senhor e era considerado obrigação perpétua, conforme II Crônicas 2:4.

3. Que dia é o sábado do "Senhor teu Deus?" Êxodo 20:8-11

Resposta: O sétimo dia, que se seguir a seis dias em que o Senhor ordena trabalhar. Não é necessariamente o sábado nem o domingo atuais. O próprio Senhor chegou a por em esquecimento o sábado, na indignação de Sua ira (Lm 2:6). Por outro lado, quando Deus organizou o sábado (Maná), Ele não disse que o início da coleta se daria no primeiro dia da semana.

4. Quando foi o sábado criado, abençoado e posto à parte por Deus, como dia santo? Gênesis 2:1-4

Resposta: O trecho citado não fala em sábado e sim em dia sétimo da Criação, em que o Senhor a concluiu. O sábado hoje definido e cultuado pelos adventistas não tem data de criação registrada na Bíblia. Talvez o tenha na história dos que o cultuam atualmente.

NOTA [adventista]: De Colossenses 1:16 e S. João 1:1 aprendemos que foi Jesus o agente ativo da criação. Foi Ele, pois, que descansou no sétimo dia, e o abençoou e santificou.

5. Por causa de quem fez Deus do sábado um memorial de Seu poder criador? S. Marcos 2:27 e 28

Resposta: O trecho citado não afirma que Deus fez, de qualquer dia, memorial de Sua obra de Criação. Veja o Capítulo 1 deste livro, para mais informações sobre memorial. Veja também a Resposta Corrigida No. 1 na PARTE V.

6. A quantos habitantes da Terra foi o sábado dado como um dia de recordação e repouso? Isaias 56:1-7

Resposta: A ninguém foi o sábado semanal dado como dia exclusivo de recordação. A parte do trecho referido que fala em memorial refere-se a um nome novo e eterno, que ainda não foi dado às criaturas. Sê-lo-á quando forem restauradas na Terra Nova.

7. Que punição predisse Cristo que sobreviria à nação judaica se deixassem de santificar o sábado? Jeremias 17:27

Resposta: No trecho recorrido está claro que a punição era prevista para os que não dessem ouvidos ao Senhor. A profanação dos dias de descanso ou sábados (que, no livro de Isaías, não eram apenas os sétimos dias de cada semana) era apenas conseqüência da desobediência, assim como o adultério da mulher não foi condenado por Jesus sob a ótica da lei, uma vez que era apenas conseqüência do verdadeiro pecado anterior ao ato, já engendrado no coração dela, o qual foi tido por Jesus como merecedor de sua advertência corretiva. Veja o trecho deste livro em questão, para completo esclarecimento.

8. Que exemplo deu Jesus acerca do descanso do sétimo dia? S. Lucas 4:16

Resposta: O trecho citado diz que Jesus tinha o costume (não era legalismo) de ir às sinagogas no sábado, visto que era nesse dia que elas estavam abertas, principalmente aos destinatários da mensagem de Jesus. As sinagogas não eram abertas nos outros dias, para tal fim. Aliás, o que Jesus disse ali quebrou o deleite sabático dos que estavam lá: todos se encheram de ira e tentaram jogar o nosso amado Senhor monte abaixo. (Lucas 4:28). Sinagoga perigosa, não senhores? O Senhor caiu fora, para Se proteger.

9. Como protegeu Jesus o caráter sagrado do sábado, quarenta anos depois de Sua ressurreição? S. Mateus 24:20

Resposta: Nesse mesmo trecho teria Jesus protegido também o caráter sagrado do inverno? Afinal, o que Ele disse em relação ao sábado, também disse em relação ao inverno. Talvez seja isso o que vale o sábado para Jesus: apenas o que vale o inverno. Na verdade, Jesus quis proteger não o caráter sagrado do sábado, e sim a integridade física dos fugitivos, visto que, no sábado, teriam mais motivos para se preocuparem: as pedradas dos sabatistas.

NOTA [Adventista]: Jerusalém foi destruída no ano 70 A. D.

10. Como honraram os seguidores de Cristo o Seu santo dia, depois da crucifixão? S. Lucas 23:56

Resposta: Não só nesse dia, mas nos sábados anteriores, as pessoas descansavam de acordo com a lei vigente. Era o feriado semanal e legal que existia. Não está escrito ali que o descanso foi para honrar dia de Cristo e sim para cumprir a lei; do contrário, Jesus teria mandado os discípulos descansar, em lugar de ter permitido que eles continuassem a colheita, debulha e ingestão das espigas – isso não é descanso.

11. Quando pediram os gentios que S. Paulo lhes pregasse a verdade de Cristo? Atos 13:42-44

Resposta: No sábado seguinte, visto que era o dia em que estavam disponíveis, em relação a suas tarefas seculares. Afinal, a não ser que se convertessem, eles não tinham condições de usufruir o Jesus Ressuscitado nos outros dias, tal como os Apóstolos. O que esses ansiosos ouvintes desejavam era saber como ganhar o privilégio de se alegrarem nos sete dias e não apenas no sétimo.

12. Da mesma forma que seu Senhor, que fazia S. Paulo no dia de sábado? Atos 17:2;18:3 e 4

Resposta: Fazia no sábado o que fazia nos outros dias, conforme Atos 5: 42. A ida às sinagogas nos sábados – que o próprio trecho declara ser por costume e não por obediência a mandamento - tinha como objetivo curar os doentes que havia na sinagoga, não conhecedores do Cristo Ressuscitado, como o próprio trecho assegura. Ao mesmo tempo, Paulo não queria que a mensagem de Cristo tivesse sua expansão prejudicada, simplesmente por causa de um dia feriado legal. Ambos os trechos bíblicos recorridos mostram que Paulo procurava os judeus que, obviamente, estavam todos os sábados nas sinagogas, mesmo sem aceitar a Jesus, nem como Cristo ressuscitado, quanto mais como Criador. Os apóstolos não foram ali para celebrar um pretenso memorial da Criação e sim para falar de Jesus, pois era isso que faziam todos os dias, como diz a Santa Palavra de Deus.

13. Em que dia adorarão todos a Deus, na Terra renovada? Isaias 66:22 e 23

Resposta: Todo o Dia, sem sombra de dúvida, pois lá só haverá um. Veja Capítulo 10 deste livro.

14. Que pede o Senhor ao Seu povo que faça em relação ao Seu santo dia? Isaias 58:13 e 14

Resposta: Já que os sábados dos livros dos profetas, como admitidos pelos adventistas, são todos os dias de descanso, não apenas os semanais (veja Citação 10.4), o Senhor pede que o povo não profane esses dias de folga e os santifique, deleitosamente. Isso já era uma prefiguração do que viria dizer Jesus no Seu advento. Uma vez que, quando trabalhamos, estamos com nossa atenção concentrada na respectiva tarefa secular, segue-se que o Senhor não seria tão exigente a ponto nos obrigar a não cuidarmos dos nossos próprios interesses, nem que estivéssemos chamando o sábado de deleitoso enquanto temos que usar nossa atenção para tarefas seculares. Imagine que você exerce sua função no serviço de meteorologia e, numa sexta-feira, está a anunciar, via rádio, a previsão de tempo para o furacão que virá no sábado. Não é o seu momento de folga e, então, graças à liberdade de Jesus, você pode anunciar livremente que aquele sábado não será assim tão deleitoso. Como cristão, poderia, eventualmente, acrescentar que o furacão em questão é uma demanda de Deus – o que pareceria conflitar com Sua própria idéia de santificação e deleite previstos para esse dia.

15. Como expressamos nosso amor a Deus por nos haver criado e redimido? I S. João 5:1-3

Resposta: Através do ato de praticar os Seus mandamentos e do amor a Deus, diz o trecho que conhecemos que amamos os filhos de Deus. Diz também que a vitória que vence o mundo é a nossa fé em que Jesus é o Filho de Deus. Se Jesus é o Filho de Deus, temos que Lhe seguir o exemplo e não sair por aí pregando sobre sábados e domingos, condenando uns e outros. Nesse mesmo trecho, a criação que está em foco é o advento de Jesus, não a Criação de todas as outras coisas, inclusive de nós mesmos, a não ser quanto ao novo nascimento de que Jesus falou a Nicodemos. Esse fariseu por excelência na guarda de seus sábados cultuava a Criação, que deu origem às criaturas, mas ignorava a Nova Criação, que deu origem às novas criaturas. Logo, em resposta direta à pergunta, não era possível que Nicodemos nem nós expressássemos o amor a Deus pela guarda do mandamento sabático. Se assim fosse, a resposta de Jesus a Nicodemos teria sido outra.

16. O exemplo de quem seguirão os cristãos, ao escolher um dia de adoração? I S. João 2:6

Resposta: O versículo citado nada diz em resposta direta a essa pergunta. Suponho que o autor quis dizer que é o exemplo de Jesus. O versículo seguinte afirma que o mandamento antigo é a palavra que os destinatários da carta tinham ouvido, confirmando o que Jesus dissera sobre as palavras que Ele proferiu no seu ministério. Nesse conjunto de palavras não houve ordens específicas para se santificar apenas o sábado ou o domingo e sim todos os dias.

Do livro “Do Primeiro ao Último Sábado”

Perguntas e Respostas Sobre o Sabatismo - Parte I

Do livro: “Do Primeiro ao Último Sábado” – Direitos Reservados

Capítulo 22- Perguntas e Respostas

Dividirei este capítulo em três partes: na primeira, formulei eu mesmo perguntas e as respondi com base na Bíblia, conforme explicado neste meu livro. A segunda parte trata de responder com a mesma base perguntas formuladas por adventistas. Por último, aproveitei respostas de adventistas para corrigi-las à luz Bíblia e do que foi escrito neste livro.

Perguntas Próprias

Inicialmente, idealizei algumas perguntas, cujas respostas podem ser encontradas na Bíblia, conforme minha exposição. O leitor poderá remeter a partes correlatas deste livro, para respostas mais completas.

1. Haverá sábados na Terra Nova?

Resposta: Não sábados, mas um único dia eterno, em que as criaturas adorarão continuamente ao Senhor, não se cansarão e O santificarão no seu trabalho.

2. Qual é o Dia do Senhor: sábado ou domingo?

Resposta: Nem sábado nem domingo. É o dia do Jesus Ressuscitado, o qual vivemos hoje até a completa restauração. É o dia que o SENHOR fez, através da Ressurreição de Cristo, para regozijarmo-nos e alegrarmo-nos nele.

3. Adão guardou o sábado no Éden?

Resposta: O que Adão fazia nos outros dias, fazia também nos dias décimo quarto, vigésimo primeiro, vigésimo oitavo e assim por diante. A único dia que agiu de forma diferente, de modo que merecesse registro da Bíblia, foi quando comeu o fruto da árvore proibida – a única possibilidade de desobediência naquele santo lugar.

4. Adão guardou o sábado fora do Éden?

Resposta: Nada diz a Bíblia a respeito. E, ainda, Deus não lhe deu ordem nesse sentido, quando o expulsou do Jardim.

5. Que significa a expressão divina: guardar as Minhas leis?

Resposta: Significa obedecer a Deus.

6. Jesus pregou a favor do sábado ou do domingo?

Resposta: Nem de um nem do outro. Certa vez, Ele disse que a palavra que tinha proferido serviria de julgamento no último dia. Logo, não iremos ser julgados com base nessa questão de datas ou números de ordens de dias da semana, visto que Ele não falou sobre isso.

7. Jesus guardava o sábado ou o domingo?

Resposta: Ambos e mais todos os outros dias.

8. Os apóstolos guardavam o sábado ou o domingo?

Resposta: Idem.

9. Em que dia podemos esquecer que Deus é o Criador, no sábado ou no domingo?

Resposta: Em nenhum dia.

10. Em qual dia semanal Jesus ia às sinagogas, no sábado ou no domingo?

Resposta: Nos sábados, visto que era nesses dias que elas estavam abertas para a Sua tarefa de transformar sabatistas em seguidores Seus.

11. Que dia Jesus mandou santificar, o sábado ou o domingo?

Resposta: Todos os dias, o que inclui ambos.

12. No Seu ministério terrestre, quantas vezes Jesus recomendou explicitamente que o sábado ou o domingo fossem guardados diferentemente dos outros dias?

Resposta: Nenhuma vez.

13. Quantas vezes Jesus incluiu o quarto mandamento entre os principais, quando os citava?

Resposta: Nenhuma vez. Veja pergunta a seguir e sua resposta.

14. Quantas vezes Jesus incluiu o segundo mandamento entre os principais, quando os citava?

Resposta: Jesus não costumava se referir ao decálogo quando ditava o que devíamos ou não fazer, uma vez que essa lei, como documento a servir de orientação, estava em vias de extinção. Mesmo assim, Ele não se omitiu quanto à idolatria, quando foi tentado por satanás (Só ao teu Deus adorarás...).

15. Se há um único sábado eterno na Terra Nova, como reagiriam ao chegarem lá os que guardaram o domingo?

Resposta
: se é por falta de treinamento, então que todos guardem todos os dias, para ficarem melhor treinados. Por outro lado, os que guardaram o sábado de sete em sete dias estariam tão desacostumados como os que guardaram o domingo de sete em sete dias, caso as criaturas da Terra Nova tivessem a possibilidade de se cansarem. Pois nenhum desses treinamentos tão restritivos torna os guardadores aptos a morar na Terra Nova: somente pela transformação em criaturas não sujeitas ao cansaço que iremos experimentar. A maneira de nos aproximarmos mais daquela realidade por vir é a santificação de tudo quanto for sábado, domingo, feriado, ponto facultativo, escapadelas e todas as folgas do trabalho e das atividades seculares. Lá os nomes sábados ou domingos são conceitos ultrapassados, associados a coisas velhas, do tempo da maldição do cansaço da ex-criatura pecadora e do sol que iluminava a terra.

16. Há algum dia na Bíblia que Deus pediu que fosse tomado como memorial perpetuamente, com solenidade ao Senhor?

Resposta: Podemos citar, como exemplo, o dia de Êxodo 12:14. Infelizmente não é o sábado nem o domingo, nem é celebrado atualmente pelos adventistas. Os homens o consideraram abolido.

NOTA do autor: A menção a versículos específicos, na forma como fazem os adventistas, foi evitada, sempre que possível, e é coerente com o restante deste livro. O leitor pode analisar a Bíblia em torno dos episódios que mereceram referências (muitas vezes não numéricas) nos meus comentários. A citação de versículos muitas vezes induz o aprendiz a respostas preconceituosas e tendenciosas.

O leitor poderia me censurar sobre a inconveniência de que eu mesmo tenha preparado perguntas ‘tendenciosamente’ dirigidas a respostas fundamentadas segundo o conceito preconcebido. Entendo tal pensamento. Então, vamos às minhas respostas a um conjunto de perguntas extraído de uma das fontes adventistas consultadas

Questões Sobre o Dia do Senhor

Capítulo 20 – Questões Sobre o Dia do Senhor

Do Livro: "Do Primeiro ao Último Sábado"

A seguir é apresentada um lista de perguntas e respostas ou comentários sobre a expressão bíblica ‘O Dia do Senhor’, com base nas Escrituras Sagradas e nas idéias delas extraídas neste livro.

Pergunta1: Onde está escrito que o Dia do Senhor de Ap. 1:10 é o primeiro dia da semana?

Resposta1: Nos estudos bíblicos de comentaristas que fazem apologia ao domingo como substituto do sábado judaico.

Pergunta2: Onde está escrito que o Dia do Senhor de Ap. 1:10 é o sétimo dia da semana?

Resposta2: Nos estudos bíblicos de comentaristas adventistas do sétimo dia.

Pergunta3: Mas... Jesus disse que era Senhor do Sábado; portanto, não seria esse o Seu Dia?

Resposta3: Negativo! Jesus disse que era senhor ATÉ do sábado e não do sétimo dia semanal. Mesmo assim, se a expressão bíblica for admitida como sinônimo de senhor até do sétimo dia semanal, então significa que era senhor dos outros dias também (para quem crê nEle, negar isto é blasfêmia). Disse que era até do sábado por estava sendo questionado quanto a isso. Não foi questionado quanto ao fato de que era senhor dos outros dias ou outras coisas santas que fazia nos outros dias), pois isso era ponto pacífico para os Seus inquiridores. Por tudo que disse Jesus, não faz nenhum sentido que Ele seja senhor apenas de sétimos ou primeiros dias semanais.

Pergunta4: Mas... No Salmo 118, vemos a profecia de que o dia que o Senhor fez seria o domingo, dada a ressurreição de Jesus nesse dia e o regozijo dos discípulos...O dia desse salmo não seria o primeiro dia da semana?

Resposta4: Não em particular. Como poderia o salmista fazer apologia ao domingo se ele guardava sábados? Em outras palavras, estava trabalhando e fazendo outras coisas no domingo e se regozijando nos sábados, mas profetizando que o dia de regozijo era o domingo? Não dá para acreditar.

Pergunta5: Então, o ‘dia que fez o Senhor’ era o sétimo dia semanal?

Resposta5: Não em particular. Como poderia o salmista achar que o Salvador que viria (do qual é tema o salmo) reservaria apenas um dia da semana para regozijo e alegria? Afinal, os outros dias foram feitos também por Deus ou não? Como poderia ser de alegria e regozijo para Seus seguidores um dia em que o Salvador estaria morto na tumba? Não dá para acreditar!

Pergunta6: Mas Deus, na lei, não reservou apenas o sétimo dia entre os sete da semana para esse fim?

Resposta6: Não é verdade. O que está prescrito no decálogo é a cessação do trabalho no dia que se segue a seis dias reservados ao trabalho. (Ex.20:8). Tanto que as pessoas que foram punidas por descumprimento desse mandamento sempre estavam realizando trabalho secular nesse dia. Nunca alguém foi punido por se regozijar noutro dia qualquer ou por que não foram às sinagogas no sétimo dia. Por outro lado, o que Deus disse no decálogo nos outros nove mandamentos - que são uma receita para a santificação - deve ser cumprido todos os dias e não apenas nos sábados.

Pergunta7: Então, por que há o pedido na lei no sentido de que nos lembrássemos de santificar o sábado?

Resposta7: Decididamente não é por que os outros mandamentos podiam ser esquecidos e sim por que o dia de sábado corria o risco de ser esquecido. Isto por que, sendo apenas um em cada sete dias, havia o risco de esquecimento do dia, tal como ocorre ainda hoje: apesar de tantas referências, nos esquecemos, às vezes, que dia é o dia corrente. Em outras palavras, por terem que ser cumpridos todos dias, os outros mandamentos e o trabalho para eles designado não corriam o risco de serem esquecidos, ao contrário do dia de sábado, que era apenas um em cada sete. Deus não pediu que nos lembrássemos da Criação e sim do dia de sábado. Nenhum cristão – guarde ele o sábado ou outro dia qualquer – está esquecido de que Deus é o Criador de todas as coisas.

Se desejar saber mais, aguarde a disponibilidade do livro "Do Primeiro ao Último Sábado" - uma obra em que o sabatismo é estudado na Bíblia, de Gênesis a Apocalispe"

Questões Sobre o Sábado - Parte I

Veja antes: O que é o Sábado

1) O que é o sabatismo, segundo a Bíblia?

Resposta: o sabatismo é a prática de cessação do trabalho (para descanso), após cada seis dias trabalhados.

2) Onde está o sabatismo definido na bíblia?

Resposta: no livro de Êxodo 20: 9,10. Nesse trecho se pode ver claramente a definição.

3) Mas houve menção a sabatismo antes de essa definição ser apresentada em Êxodo?

Resposta: Não como prática dos homens. Em Gên. 2:2,3 está escrito que Deus descansou da obra da Criação, mas não está escrito que o homem foi instruído a praticar o sabatismo que seria definido no livro de Êxodo. Adão nem sabia como se separar do mal, pois ainda não tinha conhecimento do mal.

4) De acordo com essa definição bíblica, quem trabalha de segunda a sábado e descansa no domingo está cumprindo o sabatismo?

Resposta: Sim, evidentemente. Está trabalhando seis e descansando no sétimo, conforme definição bíblica.

5) Mas o domingo não é o sétimo dia ‘da semana’ e sim o primeiro. Então, quem descansa no domingo não está descumprindo a lei sabática?

Resposta: De forma nenhuma! Deus não estabeleceu que o trabalho tinha que ser feito do primeiro ao sexto dias (ou seja, de domingo a sexta-feira). Observe que o complemento sublinhado na expressão “sétimo dia da semana” foi introduzindo enganosamente na pergunta, mas não consta da redação da lei de Deus. Na redação bíblica, ficou claro que o sétimo dia é o que se segue aos seis regularmente trabalhados e não um determinado dia de um suposto calendário semanal. Repetindo: O decálogo não escreveu ‘sétimo dia da semana’.

6) Então cada pessoa poderia escolher o seu próprio dia de descanso semanal e, ainda assim, estaria cumprindo a lei sabática?

Resposta: Sim, evidentemente, quanto à questão do calendário, pois foi isso que Deus ordenou na Lei a cada um.

7) Ora, então seria uma confusão geral se cada pessoa adotasse o dia que lhe conviesse, não acha?

Resposta: Claro! Por causa disso, é melhor que as pessoas se organizem e tenham um dia comum. Se se pode escolher o dia, observando-se o intervalo traçado por Deus, por qual razão as pessoas de uma comunidade iriam escolher dias diferentes, se isso lhes causa confusão? Com a escolha de dia único, em função do crescimento populacional e da difusão geográfica das comunidades, as atividades programadas para a coletividade puderam ser organizadas ao longo da história e isto pode ser sentido claramente na narrativa bíblica, na proporção em que o tempo avança: novas formas da práticas de descanso e de adoração coletivos foram progressivamente incorporadas, sem condenação aos atos anteriores que, porventura, não eram praticados, por não constarem do decálogo. Isto é, logo no início, por muitos anos, as pessoas simplesmente cumpriam a parada semanal, como, por exemplo, nos 40 anos do maná [Êxodo 16: 30, 35].

8) Os sétimos primeiros dias da criação eram dias de 24 horas terrestres?

Resposta: A Bíblia não diz que eram e, além disso, afirma que os dias para Deus não estão sujeitos à mesma referência (Terra-Sol) dos dias para a humanidade [2Pe. 3:8]. Portanto, a duração desses dias segue o relógio de Deus – ainda não revelado ao homem. Qualquer especulação sobre a duração desses dias da Criação constituirá teoria extrabíblica.

9) Então o descanso de Deus no sétimo dia da Criação não durou 24 horas terrestres?

Resposta: A Bíblia também não disse quanto tempo durou esse dia. Mas há uma particularidade aqui, geralmente não percebida: a Bíblia diz que Deus descansou “da obra que fizera”. E qual tinha sido essa obra? A CRIAÇÃO! Logo, Deus PAROU DE CRIAR. Não há nenhum registro bíblico de que Deus voltou a criar algo, depois desse dia chamado sétimo da Criação. Muito pelo contrário, há numerosos indícios bíblicos de que a atividade de Criação nunca mais foi retomada. Para mais detalhes, você deve ler o livro “Do Primeiro ao Último Sábado”. Há também indícios científicos, que podem ser resumidos na famosa afirmação de Lavoisier: “Nada natureza nada se cria, tudo se transforma...”. Isso é válido para a natureza que Lavoisier pôde observar e é bíblico: Lavoisier – conscientemente ou não – organizou (plagiou) essa verdade bíblica em uma frase que se tornou famosa.

10) Deus santificou sábado?

Resposta: ‘Não’ e ‘Sim’. Não, se o sábado da pergunta for o sábado (ou os sábados) do calendário. Sim, se o sábado for o descanso do sétimo dia da Criação (Gên. 2:2,3).

11) Então não existe algum dia atual semanal que Deus santifique?

Resposta: Não ainda, pois essa tarefa foi delegada ao homem. Se Deus santificasse algum dia da semana – depois que expulsou o homem do paraíso – então, nesse dia, não poderia haver nada de mau, como, por exemplo, acidentes de veículos, mortes violentas, tempestades, terremotos, tsunamis, furacões... Como sabemos, essas coisas ocorrem por demanda de Deus em qualquer dia, indistintamente. Quando o homem foi expulso do Éden, ele foi amaldiçoado e perdeu – temporariamente - o acesso à imortalidade. A responsabilidade para santificação de um dia entre sete foi passada para o homem, conforme está escrito na Lei de Deus: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”. Sabemos que uma santificação promovida pelo homem é muito boa, mas não é perfeita. A santificação promovida por Deus no sétimo dia da Criação foi perfeita e nesse dia não houve acidentes de qualquer natureza. Mesmo assim, se todas as pessoas do mundo santificassem um mesmo dia, teríamos um dia com o menor número de acidentes. Obviamente, para tanto, não é necessário que o dia seja sábado ou domingo ou sexta-feira.

12) Há mais algum indício bíblico de que o dia a ser guardado não é o sétimo dia semanal de algum calendário específico?

Resposta: Não é necessário que haja, porque essa verdade adveio da própria definição do sabatismo, contida na lei que o instituiu. Entretanto, há outras citações da Bíblia que falam em outros dias semanais, identificados por ordem, sem que os eventos a que se referiam tenham ocorrido na ordem semanal correspondente. O caso mais típico é a anunciada ressurreição de Jesus no ‘terceiro dia’. Ora, o evento aconteceu no primeiro dia da semana e não no terceiro. Qual a explicação? Bem, você sabe. Então, seja coerente e dê a mesma explicação quando o dia é o sétimo, mencionado na Bíblia. As histórias do maná [Ex. 16:1-30] e da invasão de Jericó [Josué, cap. 6] são também exemplos ilustrativos de que a expressão ‘sétimo dia’ não está associada a calendários fixos. A Bíblia não registra que as instruções para a colheita do maná foram dadas no primeiro dia da semana, para que, sete dias depois, a primeira parada ocorresse. E também não explica que a morte de pessoas de todas as idades, à espada, levada a efeito pelo povo de Deus e patrocinada por Ele próprio, em Jericó, ocorreu em um dia de sábado de algum calendário em andamento.

Vêm aí mais perguntas! Aguarde.