sábado, 20 de outubro de 2007

Respostas Corrigidas Sobre o Sábado

Respostas de Adventistas

Dolivro: "Do Primeiro ao Último Sábado" - Continuação do cap. 22

Aprofundando-me ainda mais no meu intrometimento, nesta última parte aproveitei um conjunto de respostas dadas pelo setor adventista a uma série de perguntas que eles mesmos formularam, insinuando serem estas de origem não adventista. Como não sabatista (pelo menos, à moda moderna) não concordo com algumas dessas perguntas.

Apresentarei as suas respostas, encontradas no endereço http://www.dsa.org.br/Osabado/temas8.asp, bem como a VERSÃO CORRIGIDA, de minha autoria, para cada uma delas, baseada na Bíblia e no que expus neste livro.

Tira-dúvidas (perguntas de origem adventista, suas respostas e minhas respostas = respostas corrigidas)

1. O sábado não é só para os judeus?

Resposta Adventista: Não. Jesus disse: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” Marcos 2:27. Não somente para os judeus, mas para o homem – todo homem e toda mulher em todos os lugares. Os judeus só passaram a existir 2.500 anos após o estabelecimento do sábado.

Resposta Corrigida: A expressão 'por causa do' foi malversada em direção à expressão 'para o' a fim de que o intérprete pudesse incluir o segmento não judeu. O trecho da Bíblia referido mostra claramente para os adventistas que Jesus visava minimizar o jugo do sábado. Logo, é ir além das Escrituras querer insinuar que Jesus quis dizer que os não judeus também tinham que guardar o sábado. Na verdade, paradoxalmente, parecia ser isso o que queriam dizer os acusadores, não Jesus. O Mestre colocou o sábado não apenas abaixo dEle, mas também do homem genérico. Leia também o trecho de I Coríntios 11:9, onde a Palavra de Deus repete a expressão 'por causa de' a fim colocar nos seus devidos lugares hierárquicos o homem e a mulher. Nesse trecho, será que a mulher está sendo colocada acima do homem?

2. O texto de I Coríntios 16:1 e 2 não fala de ofertas na escola dominical?

Resposta Adventista: Não faz referência alguma a reunião pública. O dinheiro devia ser separado em particular, em casa. Havia fome na Judéia (Romanos 15:26; Atos 11:26-30), e Paulo estava escrevendo às igrejas da Ásia Menor para que ajudassem. Todos esses cristãos guardavam o sábado, e assim Paulo sugeriu que no domingo pela manhã, após o sábado [era quando pagavam seus débitos e punham em ordem suas contas], eles separassem algo para os irmãos necessitados, a fim de que estivessem preparados quando ele viesse. Isso devia ser feito em particular, ou seja, em casa. Não há nenhuma referência ao domingo como dia santo. De fato, a Bíblia não sugere nem ordena em lugar algum a observância do domingo.

Resposta Corrigida: A pergunta, em si, não tem cabimento. As duas primeiras linhas da resposta não têm erros, mas têm omissões. Omitem que em outros trechos, principalmente em Atos dos Apóstolos, está mostrado que os cristãos de então faziam a obra do Senhor todos os dias, indistintamente, havendo diferença nos sábados quanto ao local, visto que iam às sinagogas, pois era lá que estava o alvo de sua mensagem do Cristo Ressuscitado. A afirmação que segue de que esses cristãos guardavam o sábado não está contida nos trechos invocados, da mesma forma a de que eles tinham escola dominical: viviam, isto sim, o Dia do Senhor, que estava em curso.

3. Atos 20:7-12 não é uma prova de que os discípulos guardavam o domingo como dia santo?

Resposta Adventista: De acordo com a Bíblia, cada dia começa com o pôr-do-sol e termina com o pôr-do-sol seguinte (ver Gênesis 1:5, 8 e Levítico 23:32), e a parte escura do dia chega primeiro. Portanto, o dia de repouso começa com o pôr-do-sol de sexta-feira e termina ao pôr-do-sol de sábado. Esta reunião de Atos 20 foi realizada na parte escura do domingo, o que hoje chamamos de sábado à noite, e durou até a meia-noite. Paulo sabia que não veria essas pessoas outra vez antes de sua morte (verso 25). Por isso, não é estranho que pregasse durante tanto tempo. [Uma reunião semanal não teria durado tanto tempo.] A reunião ocorreu na parte escura do primeiro dia da semana [o que chamamos sábado à noite] porque Paulo “devia seguir viagem no dia imediato”. “Partir o pão” não tem nenhum significado de “dia santo”, porque eles o partiam todos os dias (Atos 2:46). Não há o menor indício nesta passagem das Escrituras de que o primeiro dia da semana é santo, nem de que esses primeiros cristãos assim o cressem. Tampouco há a mais remota evidência de que o dia de repouso tivesse sido mudado. A Bíblia refere-se ao domingo como ‘dia de trabalho’ em Ezequiel 46:1. Deus jamais pediu a quem quer que fosse para guardar o domingo como dia santo. A propósito, a reunião de Atos 20 é mencionada nas Escrituras por causa do milagre da ressurreição do jovem que sofrera um acidente fatal durante a cerimônia.

Resposta Corrigida: O trecho bíblico começa por declarar inequivocamente que era no primeiro dia da semana. Isso é bastante para se saber em que dia bíblico ocorreu tal reunião. Não precisamos de alguém para nos traduzir uma declaração tão simples. Em outras análises, os adventistas não costumam por em dúvida o horário em que se fazia tal coisa no sábado, quando a atividade é considerada lícita para o sábado que eles defendem. Quanto aos indícios de dia santo ficam eles por conta de quem defende sábados ou domingos como tais. No meu caso, através deste livro, ficou muito claro que em todos os dias temos sábados e domingos que devemos santificar ao Senhor Jesus Ressuscitado. O trecho de Ezequiel 46:1 fala de seis dias que são de trabalho e não do primeiro ao sexto dias da semana atual. São seis dias que precedem o dia de descanso, conforme está na lei. Veja este livro para mais detalhes. Observe que a atividade de que trata esse trecho bíblico fala também se refere à festa da lua nova, dia esse esquecido pelos adventistas. Assim, o que está ali não serve como base legal. De qualquer forma, o que os apóstolos faziam naquele primeiro dia em particular era um trabalho permitido aos sábados, visto que era para o bem. Não serve para caracterizar que era sábado nem domingo, nem que o que faziam ali era para ser praticado em algum dia especial por nós. A pergunta não tem cabimento.

4. Mas não se perdeu a noção do tempo nem dos dias da semana, desde o tempo de Cristo?

Resposta Adventista: Não. Enciclopédias de grande credibilidade e livros de referência deixam claro que nosso sétimo dia é o mesmo que Jesus guardou como dia santo. É um fato que pode ser comprovado.

Resposta Corrigida: Para a Bíblia e para os cristãos que vivem o Dia do Senhor, o que dizem as enciclopédias é coisa vã e sem utilidade. Se a noção de contagem de tempo foi perdida, nada muda para os que vivem o Dia do Senhor. Pergunta e resposta inócuas.

5. Mas João 20:19 não é um relato provando que os discípulos instituíram a observância do domingo em honra da ressurreição?

Resposta Adventista: Muito ao contrário, esses discípulos não criam que a ressurreição havia ocorrido (Marcos 16:14). Eles estavam reunidos com “medo dos judeus”, e tinham trancado as portas. Não há a menor idéia aqui de que eles consideravam o domingo como um dia santo. Há apenas oito textos no Novo Testamento que mencionam o primeiro dia da semana. [A palavra “domingo” não existe na Bíblia.] Os primeiros cinco tratam da ressurreição: Mateus 28:1, Marcos 16:2, Marcos 16:9, Lucas 24:1, João 20:1. Já discutimos os outros três (João 20:19, Atos 20:7 e I Cor. 16:1 e 2) nas perguntas anteriores. Nenhum deles faz a mais remota inferência de que o domingo é dia santo.

Resposta Corrigida: A pergunta é descabida. Quanto à resposta, não há referência nos textos do Novo Testamento a que somente o sábado deve ser dia santo. Muitos trechos deste livro mostram, à luz da Bíblia, que sétimo dia santo não faz sentido no Dia do Senhor. Mais uma vez afirmo: os que vivem o Dia do Senhor não têm a menor necessidade de atos comemorativos periódicos. Para eles tal pergunta não tem qualquer razão de ser. As referências aos sábados no NT não se destinam a preservá-lo e sim a noticiar o costume de observância legal na época em que ele era o feriado semanal oficial e, como tal, era seguido por costume, da mesma forma como observamos certos aspectos de feriados oficiais hoje existentes, como o sete de setembro no Brasil. Outrossim, certamente o que fizeram no sábado imediatamente anterior a esse dia de portas trancadas, não foi em Jesus, pois Ele de fato estava morto, o dia era de trevas, como Ele mesmo falou. Somente naquele primeiro dia a alegria se fez presente. Não tem sentido pensar que houve instituição de dia (solar) santo naquela reunião, a não ser quanto à notificação do Dia do Senhor, dada pelo próprio protagonista desse 'Dia', ao anunciar a Sua ressurreição.

6. E Colossenses 2:14-17 não suprime o sábado?

Resposta Adventista: De maneira alguma. Essa passagem refere-se apenas ao sábado como “sombra das coisas que haviam de vir”, e não ao sétimo dia, o sábado. Havia sete dias santos no antigo Israel que eram chamados sábados. Foram dados em acréscimo, ou “além dos sábados do Senhor” (Levítico 23:38) ou sábado do sétimo dia. Eles prefiguravam a cruz e terminaram na cruz, mas o sábado do Senhor foi estabelecido antes da entrada do pecado, e portanto, esses sábados não podiam prefigurar nada sobre livramento do pecado. Esta é a razão pela qual Colossenses faz menções específicas dos sábados que eram “uma sombra”. Esses sábados anuais que foram abolidos na cruz, são mencionados em Levítico 23.

Resposta Corrigida: Veja este livro para descobrir na Bíblia por que sábados e domingos não têm significado algum na Terra Nova. Na terra atual, tanto um como outro são sombras. Até mesmo o sol que os define (que é luz agora) será sombra na Terra Nova. Portanto, o termo ‘sábado’ ali inclui tanto o sábado quanto o domingo atuais.

7. De acordo com Romanos 14:5, o dia que guardamos é um assunto de opinião pessoal?

Resposta Adventista: As palavras “todos os dias” referem-se aos seis dias de trabalho. (Ver Êxodo 16:4, 5, 26, etc.) O sábado do sétimo dia não está envolvido. A discussão gira em torno dos sete sábados anuais e sua validade após a cruz. Note que todo o capítulo trata do assunto: julgar uns aos outros (ver versos 4 e 13). Paulo não diz nada sobre o que está certo ou o que está errado. Ele simplesmente diz: “Não nos julguemos mais uns aos outros” (Romanos 7:7, 12 e 14; I Coríntios 7:19; 9:21).

Resposta Corrigida: A primeira afirmação da resposta é falsa e idolátrica. Além do próprio trecho bíblico citado (Êxodo, cap. 16), até na Criação o dia que se seguiu ao sexto foi chamado de sétimo dia. Logo, era um dia também, com suas manhã e tarde, tal como vem acontecendo até ao dia de hoje. Ou será que os sábados atuais não têm tardes e manhãs, não têm sol? Ficam, pois, sem efeito os comentários da resposta adventista que seguem a tal absurdo.

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